‘A Ideologia de género’ da extrema direita promotora de calúnias e ideias falsas sobre a política pública da igualdade de género

‘A Ideologia de género’ da extrema direita promotora de calúnias e ideias falsas sobre a política pública da igualdade de género

‘A Ideologia de género’ da extrema direita promotora de calúnias e ideias falsas sobre a política pública da igualdade de género

2 Agosto 2024, Sexta-feira

Numa época em que as notícias falsas e a deturpação da realidade através de ideias populistas que visam apenas instalar o caos e a confusão, torna-se cada vez mais importante compreender do que estamos a falar e quais os conceitos que estão por de trás de toda esta ideologia da extrema-direita.
A extrema direita do Chega e de alguns dirigentes do PSD, propositadamente fazem a confusão entre sexo e género.
A Sociologia e os Estudos de Género, há muito que explicaram que género não é sexo!
A base dos estudos de género consiste no entendimento de que o género não é biológico.
O sexo é que é biológico. Ser menino ou menina é biológico, mas o género é construído, ou seja, o género é feminino ou masculino e é aquilo que a nossa sociedade impõe ao menino e à menina!
Como sabemos nascer menino ou menina tem valor diferente nas sociedades e por essa razão são necessárias políticas que “ajudem” a garantir mais rapidamente haja igualdade entre sexos.
É esta definição de género que precisamente tem sido contestada por alguns movimentos e partidos populistas de direita e extrema direita, como o Chega e de alguns dirigentes do PSD.
Como sabemos, essas desigualdades não são por se ser mulher ou homem, mas sim pelo que a sociedade impõe a umas e outros.
Impor a uma mulher que tem filhos ser considerada indisponível para trabalhar, ou ao homem ter que sustentar a família é aquilo que a extrema direita defende, entre um conjunto de outras questões que achávamos nós lutas acabadas!
Por detrás deste uso pejorativo da “expressão ideologia de género” diz a extrema direita que há uma “ideologia” e um plano para destruir a família tradicional.
Ora, esta família tradicional que defendem não existe, nem nunca existiu, nem vai existir!
A família em que a mulher fica em casa a tomar conta dos filhos, e o homem sustenta.
A Sociologia e Ciências da população e a História há muito que mostram que as mulheres trabalharam sempre em setores exigentes e pesados, onde os filhos eram muitas vezes arrastados no meio de trabalhos onde as crianças trabalhavam ao seu lado, exemplo disso é a indústria das carnes, a escolha da rolha, sendo fácil de encontrar nas imagens do nosso Montijo antigo mulheres trouxas de roupa à cabeça e na apanha da ostra!
As mulheres sempre trabalharam e muito e os homens também, mas por questões associadas à maternidade e necessidade da sua ausência, as mulheres enfrentam ainda hoje, dificuldades no acesso ao mercado de trabalho.
Defender a família é defender a Igualdade de Género que aí sim é compreender que por se ser homem ou mulher, não é justo haver imposições de tarefas, sejam domésticas ou de sustento da família.
Não é justo para as mulheres que por terem filhos fiquem sem o acesso ao trabalho ou a um salário digno, como sabemos que hoje em dia uma pessoa que não tem contrato de trabalho ou um salário regular nem casa pode comprar.
Assim como, não é justo para os homens trabalharem longe da família e estarem longe da educação das crianças e sobre estes exista o fardo do sustento da família.
Defender a família é dar condições às mães e pais, lutar pela família é garantir a igualdade de oportunidades e a igualdade de género!
Garantir uma economia para o país onde cada um e cada uma possam contribuir de forma justa e igualitária.
Para o Partido Socialista é crucial estar alerta e cultivar os valores fundamentais da Constituição. Estas ideologias da extrema direita do Chega e pelos vistos do PSD, são deturpar a política difundindo ideias falsas e mentiras constantes que o PS está determinado em combater e desconstruir sempre que necessário.

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