Resilientes como sempre, determinados como nunca, juntos seguimos, por um Portugal Inteiro e na defesa intransigente das conquistas alcançadas.
Quatro meses passados sobre as eleições legislativas e de promessas que o vento levou, este é o tempo de reafirmarmos os valores da Revolução dos Cravos e gritarmos bem alto “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!”. Este é o tempo de repudiarmos a intolerância, a xenofobia e o racismo. Esta é a hora para, sem recuos, defendermos a Escola Pública, o SNS e o Estado Social. Este é o momento para realçarmos os avanços refletidos na Agenda para o Trabalho Digno e cerrarmos fileiras contra os recuos que estão a ser preparados nas costas dos portugueses.
Uma oportunidade para reafirmarmos, uma vez mais, o caminho trilhado em 8 anos de Governação socialista e as conquistas alcançadas na valorização de salários e pensões e no combate às desigualdades. Um caminho em que a ação política foi verdadeiramente colocada ao serviço das pessoas e que efetivamente permitiu resolver problemas que se arrastavam no tempo e construir pontes para o futuro. Se estava tudo bem? Não, não esta a. Depois de uma pandemia, fase mais difícil da nossa vida coletiva, mas que juntos conseguimos ultrapassar, de duas inexplicáveis e incompreensíveis crises políticas e duas guerras que afetaram Portugal, a Europa e o Mundo, negar a evidência seria estar desfasado da realidade, o que parece acontecer com quem fica pela espuma dos dias, preso nas frases feitas do protesto ou dos “sound-bites” populistas que apenas servem os que cavalgam o extremismo.
Se estava tudo feito? Não, não estava. E por isso temos ainda estrada para andar, sendo que hoje, mais do que exigir o que ainda não foi feito, mas que tem margem de manobra para prosseguir caminho, urge valorizar o que foi alcançado e combater a direita e a extrema-direita, que, embora com falinhas mansas, estão atrás da porta, como o Diabo por eles anunciado, à espreita da primeira oportunidade para rasgar essas conquistas.
Mas se reconhecer que em março de 2014 não estava tudo bem e que ainda há caminho para fazer é um exercício de seriedade, pragmatismo e determinação política, negar uma trajetória que reflete uma incomparável valorização salarial das carreiras na administração pública, um acordo histórico em sede de concertação social, um aumento sem precedentes do Salário Mínimo Nacional e uma dinâmica na contratação coletiva que potencia salários e condições de trabalho é, no mínimo, um erro de perceção do impacto positivo que várias medidas tiveram e têm na vida dos portugueses. Afirmar que nada foi feito na Governação Socialista e que tudo está pior hoje, consubstancia em si o desespero e a desorientação de quem está vazio de ideias, de quem nada de novo tem para apresentar ao país, de quem não tem trabalho feito para apresentar aos portugueses. E, assim, zangados e angustiados, desvalorizam o caminho trilhado em 8 anos, tentando esconder o que foi alcançado e que efetivamente conta na vida das pessoas. Em 8 anos avançámos, efetivamente, na reposição de direitos, no reequilibrar da balança das relações laborais e na valorização de salários e pensões, provando que a crise pode ser combatida sem austeridade e sem castigar os trabalhadores e pensionistas e mesmo assim, é inegável, mantendo as contas certas e com excedente orçamental. Reafirmando que não estava tudo bem e que ainda há estrada para andar, para fazer ainda mais e melhor, há que defender essas conquistas e lutar contra os recuos anunciados em surdina pela direita e secundados às escondidas pela extrema direita.