Tarda a concretização dos investimentos nos centros de saúde e nos hospitais da Península de Setúbal. É necessário construir novos centros de saúde, como são exemplo o Centro de Saúde do Alto Seixalinho (Barreiro), o Centro de Saúde da Quinta do Conde (Sesimbra), o Centro de Saúde da Quinta do Anjo (Palmela) ou o Centro de Saúde do Feijó (Almada). Ao nível hospitalar é necessária a ampliação do Hospital de São Bernardo (Setúbal), a construção do Hospital no Seixal e a construção de um novo Hospital para dar resposta às populações do Montijo e Alcochete.
Se estes investimentos já tivessem sido concretizados, como o PCP propôs, tínhamos melhores condições na região para enfrentar a epidemia e para garantir o acesso das populações aos cuidados de saúde.
A epidemia revelou a importância do investimento no Serviço Nacional de Saúde e que a solução para dar cumprimento ao princípio constitucional do direito à saúde para todos os utentes passa pelo reforço da sua capacidade de resposta.
Apesar de inúmeras promessas, a construção do Centro de Saúde do Alto Seixalinho, no Barreiro, não tem nenhuma perspetiva de concretização. O Centro de Saúde no Alto Seixalinho foi encerrado e os utentes foram transferidos para o Centro de Saúde da Quinta da Lomba. Uma decisão que já demonstrou que não serve a população e que o que é preciso é a construção de um novo Centro de Saúde no Alto do Seixalinho.
O atual Centro de Saúde na Quinta do Conde não tem capacidade para prestar cuidados de saúde a toda a população residente na freguesia, pelo que há necessidade de construção de um novo Centro de Saúde. Neste caso, apesar de ter sido assumido o compromisso falta a publicação da portaria de extensão de encargos que permite o lançamento do concurso para a empreitada, sem perder o financiamento comunitário.
As atuais instalações do Centro de Saúde da Quinta do Anjo não são adequadas para este fim, o que exige a construção de um novo centro de saúde, em terreno já cedido pelo Município de Palmela.
O Centro de Saúde no Laranjeiro não tem capacidade para prestar cuidados de saúde às populações do Laranjeiro e do Feijó, revelando a necessidade de construção do Centro de Saúde no Feijó.
E se há obras de centros de saúde em curso foi porque os municípios geridos pela CDU, substituíram-se ao Governo (que se desresponsabilizou das suas competências) e avançaram com a construção do Centro de Saúde na Baixa da Banheira, na Moita, do Centro de Saúde em Azeitão, em Setúbal e do Centro de Saúde em Sesimbra.
Aos problemas de instalações dos cuidados de saúde primários junta-se a carência de trabalhadores da saúde e o número elevado de utentes sem médico e enfermeiro de família. Há ainda cuidados em atraso por recuperar devido à epidemia, que exige a adoção de medidas de reforço da capacidade dos cuidados de saúde primários, para assegurar o acompanhamento dos utentes, o diagnóstico precoce, a referenciação para os hospitais, a promoção de saúde e a prevenção da doença.
Assegurar o acesso à saúde para todos é uma prioridade, que de uma vez por todas tem de sair do papel e passar efetivamente à realidade.