No seguimento do meu último artigo e para fechar o tema das Eleições Europeias, importa fazer um balanço dos resultados, que, para a Iniciativa Liberal, foram bastante positivos – a Iniciativa Liberal alcançou um resultado histórico, obteve mais de 9% dos votos e elegeu dois eurodeputados. Este desempenho, quer em percentagem, quer em números absolutos, reforça a consolidação eleitoral registada nas eleições legislativas de março e marca a presença da Iniciativa Liberal em todos os parlamentos – pela primeira vez, com mais do que um representante. Por comparação com outros partidos, a Iniciativa Liberal ficou em 4º lugar, mas apenas ligeiramente atrás do Chega (que também elegeu dois deputados). Assim, este desempenho confirmou a Iniciativa Liberal como uma força política do presente e do futuro, posicionando o partido à frente de partidos de extrema-esquerda, eurocéticos, anti-NATO e pró-Rússia, como o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português, que, juntos, tiveram menos votos que a Iniciativa Liberal.
Para a Iniciativa Liberal, as Eleições Europeias de 2024 representaram ainda o fim de um ciclo de eleições consecutivas, que, curiosamente, se iniciou nas Eleições Europeias de 2019 – as primeiras em que a Iniciativa Liberal apareceu no boletim de voto. Desde então, é evidente que a base de apoio que começou modesta cresceu significativamente. Refletindo os motivos deste crescimento sustentado e transversal a diferentes lideranças, existem alguns fatores críticos de sucesso que merecem ser destacados:
1. Campanhas Eficazes: a Iniciativa Liberal comunica de forma eficaz e focada, usando as redes sociais para alcançar públicos mais jovens e urbanos, tradicionalmente menos envolvidos em eleições, especialmente nas europeias.
2. Posicionamento Político Claro: decorrente do ponto anterior, a Iniciativa Liberal mantém um discurso consistente, assente no liberalismo económico, político e social, com foco na defesa das liberdades individuais. No panorama político português, sem dúvida que esta mensagem consistente tem grande impacto na parte da população que procura alternativas ao poder e aos interesses instalados.
3. Candidatos Competentes: basta ver as Eleições Europeias – a Iniciativa Liberal apresentou o melhor candidato: João Cotrim Figueiredo, não apenas pela sua imagem ou capacidade de comunicação, mas porque demonstrou ser o candidato que melhor conhecia os dossiês europeus. E teve o impacto que se viu.
Na análise das Eleições Europeias, é certo que a abstenção tem um papel crítico. No entanto, a Iniciativa Liberal conseguiu transformar esta (aparente) desvantagem numa oportunidade, conseguindo o que outros não – num contexto em que todos os partidos e coligações perderam votos face às Legislativas de março, a Iniciativa Liberal cresceu.
Resumindo e concluindo, o desempenho da Iniciativa Liberal nas Eleições Europeias de 2024 reflete o crescimento sustentado e a consolidação como a força política decisiva do presente e do futuro em Portugal. Com 9,07% dos votos e a eleição de dois eurodeputados, a Iniciativa Liberal demonstrou sua capacidade de convencer e mobilizar eleitores, posicionando-se como uma alternativa relevante no panorama político nacional e europeu, e mostrou a eficácia da estratégia de aliar uma excelente comunicação a uma excelente candidatura, que fala às pessoas, de forma clara e competente, sobre os assuntos que realmente importam.
