O avanço da concretização do IC1, entre Alcácer do Sal e Grândola, vem, também, fazer prova da importância que é para o país ter sido colocado ponto final na governação de direita.
A recuperação desse troço foi sucessivamente adiada pelo Governo de Passos Coelho/ Portas – Cristas, apesar de ser evidente a emergência da intervenção considerando as más condições que apresenta e a intensa circulação que ali se faz diariamente, com riscos evidentes. Aliás, exatamente porque esta intenção estava sinalizada como prioritária o anterior Governo socialista ia avançar com a sua concretização, situação que era do domínio público.
Inúmeras vezes os deputados eleitos pelo PS, no distrito de Setúbal, questionaram o Governo PSD/CDS sem que, em algum momento, fosse possível, ao longo de mais de quatro anos, saber se a obra se concluiria. De facto, terminada a legislatura, não se iniciou sequer. Mesmo as várias manifestações realizadas com a participação de pessoas de vários quadrantes políticos foram invisíveis aos olhos do Governo anterior.
Não é só porque a obra é realmente importante que resolvi escrever sobre ela. É por uma questão de justiça. Afinal, depois de tanta batalha, saber que a intervenção vai avançar agora exige reconhecimento, mais um, ao Governo de António Costa.
Escrevo a algumas horas do Ministro Pedro Marques, que tutela a área e é o principal protagonista do reconhecimento, se deslocar ao local para apresentar o projeto de beneficiação.
Ao terminarem as negociações entre a Infraestruturas de Portugal (IP) e o concessionário, e o Tribunal de Contas ter dispensado a necessidade de visto prévio ao contrato renegociado da Subconcessão do Baixo Alentejo, ficaram garantidas as condições para que avance o lanço de estrada em causa sob a jurisdição da IP, entre o quilómetro 3,4 em Alcácer do Sal e o quilómetro 19,1 de Grândola Norte
Há uma primeira intervenção imediata que visa o incremento das condições de segurança, até que seja possível dar início à empreitada de reabilitação profunda do pavimento, após concurso público, estimada em cerca de 6 milhões de euros.
A capacidade de resposta às necessidades, priorizando-as, tem sido um aspeto fundamental da retoma da confiança dos cidadãos. Esta obra será mais um testemunho dessa confiança.
Custou mais foi.