Nestes dias sombrios e perigosos que vivemos, ainda não refeitos da pandemia, com uma guerra preparada cujo desfecho deixará o mundo mais instável e muito mais perigoso.
Com o desaparecimento da União Soviética e restantes países do bloco socialista do leste, os beneficiários do capitalismo, “sem o perigo comunista”, prometeram um mundo de paz e prosperidade.
Foi o que se viu. Uma sucessão de guerras: Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, com o seu cortejo de destruição, morte e refugiados. E as perspetivas são ainda mais negras! Basta que tenhamos estado atentos à cimeira do G-7 e, sobretudo, à da NATO. Um exemplo do espírito prevalecente: o seu secretário-geral, Stoltenberg, fazendo coro com Erdogan, considera os patriotas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão- PKK que desde há muito se batem pelos direitos do seu povo e pela autodeterminação da sua pátria, como uma organização terrorista. E o reforço da organização bélica, cuja Força Especial de Intervenção passa de 40 para 300 mil homens e com parcerias que a tornam de âmbito universal.
A acrescentar à incerteza, já a instabilidade no Governo devido ao diferendo sobre o novo aeroporto.
Perante tanta preocupação e incerteza, há certezas que são exemplos. Uma delas, é Corroios.
Os seus habitantes, têm orgulho no moinho de maré mandado construir em 1403 pelo Condestável Nuno Álvares Pereira que ainda funciona, no Sapal de Corroios classificado como parte da Reserva Ecológica Nacional do Estuário do Tejo, no Parque Urbano do Miratejo, que incluiu diversos exemplares de olaria romana e fornos do século II em notável estado de conservação descobertos durante as recentes obras do parque, construção da responsabilidade da Câmara Municipal do Seixal e que em breve abrirá ao público.
Podem também orgulhar-se de eventos dos maiores, no seu género, a sul do Tejo, Como a Mostra Mensal de Atividades Económicas e as Festas de Corroios que se realizam no aprazível Parque Urbano da Quinta da Marialva, O Festival de Música Moderna de Corroios que já vai na 26ªedição, um vasto Movimento Associativo Popular, e tantos outros factos e iniciativas com o apoio ou da responsabilidade da respetiva Junta de Freguesia e da CM do Seixal.
Podíamos ainda falar do projecto “Corroios Consigo”, mas terminamos com outra notável iniciativa, o projeto “Ler Alimenta”.
Basicamente, consiste na troca de livros por alimentos em benefício das famílias mais carenciadas da freguesia. Funciona na Loja Social, mas o presidente da Junta, Hugo Constantino, o vogal do respetivo pelouro, Manuel Gameiro, e outros vogais, levaram-no a todas as escolas do Ensino Básico da freguesia.
A adesão de professores, auxiliares de ação educativa e alunos, foi total. Participaram 1 814 alunos, com quem foi possível falar sobre a importância dos valores da cidadania, da solidariedade na construção de um mundo melhor. E sobre a importância da leitura no seu desenvolvimento intelectual e na melhoria do seu aproveitamento escolar.
