18 Agosto 2024, Domingo

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As lições da pandemia

As lições da pandemia

As lições da pandemia

, Ex-bancário, Corroios
2 Fevereiro 2021, Terça-feira
Francisco Ramalho

Esta pandemia que mais ou menos nos afeta a todos, tão prejudicial à saúde física e mental, à vida e à economia, também nos tem dado algumas lições.

Pelos cargos que ocupam, os dois “alunos” mais conhecidos, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, parece que eram dos mais necessitados destas lições. Por exemplo, como se não conhecessem bem o povo, Marcelo, com o consentimento de Costa ou vice-versa, depois do primeiro ter feito um apelo ao bom senso, concordaram em conceder 4 dias sem quaisquer restrições pelo Natal. Depois, como aqui dissemos, perante o mais que previsível disparo de contágio, o reeleito PR, confessou-se desiludido com o resultado do seu apelo.

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Agora foi o PM que, juntando-lhe mais um elemento,e é verdade, a variante inglesa do vírus, imita o mais alto magistrado da nação, e diz que se soubesse o que sabemos hoje, as “férias” de Natal, não tinham sido concedidas.

Conclusão: ou ambos não conheciam pelo menos uma boa parte do nosso povo, e bastava nem que fosse uma pequena parte a abusar ou a descuidar-se para que a Covid se transformasse numa bola de neve, como aconteceu, ou então conheciam, o que, evidentemente, pensamos ser o caso, e fizeram-no para lhe agradar. Acrescentamos ainda, como provavelmente toda gente não especialista na matéria, não lhe passou pela cabeça que o famigerado novo corona, desmultiplicando-se em novas estirpes ou variantes, tivesse tão dramáticas consequências como se verifica. Mas, “passou pela cabeça” dos especialistas! Pelo menos de alguns. Embora, mesmos a estes, seria difícil prever tal dimensão. Mas previram alguma! E é com eles que os decisores políticos devem aconselhar-se. Os seus ou os nossos leigos palpites, obviamente, não contam. Ainda por cima, em matéria tão melindrosa e de tal responsabilidade.

Outra lição, é a importância fundamental do Serviço Nacional de Saúde, com ou sem pandemias. Se os governos dos partidos de Marcelo e Costa, o tivessem gerido e equipado como deviam, com mais hospitais, meios técnicos e humanos, se tivessem formado mais médicos e evitado a saída de tantos para o privado e a hemorragia de enfermeiros para o estrangeiro, hoje, estaríamos em muito melhores condições para enfrentar a pandemia e beneficiarmos de bem melhores serviços de saúde.

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Não somos um país rico? É relativo! A riqueza é que ficou muito mais concentrada com a privatização das principais empresas, feita pelos tais governos e partidos. E não são agora os seus donos que investem no SNS e numa boa rede de transportes públicos. Outro meio por excelência, para proteger o ambiente, dar qualidade de vida ao povo e protegê-lo também. Por exemplo, agora, do contágio viral. Não tendo de deslocar-se para o trabalho ou outros fins, como sardinha em lata, ou usar viatura própria.

Claro que tudo isto já era óbvio, mas agora ficou mais evidente. Esperemos que estes ou os futuros governantes, tenham aprendido as lições. A escolha dos mesmos e a vigilância popular, é fundamental e outra lição.

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