6 Julho 2024, Sábado

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A natureza bem nos avisa

A natureza bem nos avisa

A natureza bem nos avisa

, Ex-bancário, Corroios
20 Dezembro 2022, Terça-feira
Francisco Ramalho

Há muito que os cientistas nos avisam que os efeitos das alterações climáticas se caracterizam por excessos; chuvas torrenciais, secas, ciclones, subida do nível dos oceanos devido ao degelo. Também nos dizem, e está mais que provado, que a origem das AC, é o aumento da temperatura global provocado pela emissão de gases com efeito de estufa, devido à combustão dos mais diversos materiais. Nomeadamente, combustíveis fósseis; carvão, gás natural, petróleo e os incêndios florestais.

Portanto, estamos todos bem-avisados. Decisores políticos e população em geral. Os primeiros, claro, mais bem-avisados ainda. Têm toda a informação, ou deviam tê-la. No entanto, são estes, representando interesses dos principais donos dos empórios dos combustíveis e da agro-indústria com a queima de florestas para plantações intensivas e pastagens para fácil e barata criação de gado, os principais responsáveis pelo lamentável estado a que chegou o planeta, e pelos referidos efeitos dos excessos do clima, como estamos agora a ter um exemplo com as atuais cheias, depois de um longo período de seca.

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A continuarmos assim, é a vida no planeta que está em causa.

A ganância de uma minoria, a sede de lucro e de poder, as guerras, como a da Ucrânia com a ex-chanceler Ângela Merkel recentemente a confessar que os acordos de Minsk, que podiam ter acabado com ela e evitado a invasão, foram protelados para que a Ucrânia ganha-se tempo e se fortalecesse. Ou seja, para a armarem até aos dentes. Esta guerra, fomentada pelos EUA e pela UE, para além de outros graves efeitos, contribui também para agravar o clima. O embargo imposto ao gás e ao petróleo russos, substituídos por outros de proveniências mais distantes e mais caros, por exemplo, dos EUA. Por isso, já alguns importantes países da UE, recorrem ao carvão e ao nuclear.

Vejamos o nosso caso. Os meios de drenagem, comprovadamente necessários, das águas em Lisboa e noutras cidades e vilas, foram feitos? Todos os cursos de água, rios, ribeiros, valas, sobretudo as margens, são limpas com regularidade? Assim como sarjetas e outros sumidouros? A população é sensibilizada desde os bancos da escola e pela comunicação social de que não deve atirar lixo para onde calha? Lembram-se das máscaras por todo o lado, até nas praias?

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E depois, a participação cívica a outros níveis. Por exemplo, propostas, sugestões, denúncias, críticas, aplausos, feitos nas Assembleias de Freguesia e Assembleias Municipais, são vulgares? Qual a percentagem da população que nelas participa? É ínfima.

Portanto, os decisores políticos são os principais responsáveis. Mas não são eleitos? Não são sistemática, repetida e maioritariamente eleitos os dos dois habituais partidos, PS e PSD? Agora, como se sabe, já com sucedâneos até mais populistas e demagógicos.

Conclusão, em graus bem diferentes, a grande maioria é culpada pelos danos que estamos a causar  à  Natureza que tão bem e duramente nos avisa. À nossa casa comum. E não temos outra para viver!

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