Antes disso que “quem se mete com o PS leva” e, porventura, se calhar não deixa de ser verdade, tendo em conta muitas histórias a que assistimos, no entanto, atualmente é mais “Quem se junta ao PS, morre,”.
A verdade é que, com a “Geringonça”, assistimos ao definhamento do Bloco de Esquerda e do PCP, que estão em queda livre e elegeram os seus cabeças de lista, mesmo no limite e, face à catástrofe anunciada, em clima de grande euforia.
Agora, com a “Cherigonça”, o grande derrotado destas eleições europeias, foi o Chega. Digamos que o PS é a grande árvore que seca tudo á sua volta e tenta matar quem se lhe opõe.
Estás eleições europeias mostram algumas coisas: um grande derrotado e um grande vencedor, sendo que o Chega teve uma copiosa derrota e a Iniciativa Liberal foi o grande vencedor.
A Aliança Democrática inovou, arriscou no candidato, mas ficou igual e igualou o resultado anterior, tendo um empate técnico com o PS, mantendo a diferença das legislativas (apenas invertendo) a posição, mas não estava a concorrer com o seu “Às” – Luís Montenegro, enquanto que a candidata si PS, por muito injusto que me pareça )sim, porque é o rosto do maior falhanço da nossa democracia- o colapso do SNS), é uma figura querida da área do PS, por ser a ministra da pandemia e, se calhar, mais popular do que o seu líder PNS.
Mesmo assim, o PS perdeu um eurodeputado e só não perdeu o segundo para o Livre, por meia dúzia de votos, sendo que, não podemos esquecer que o Livre nem sequer se mobilizou em prol do seu candidato, o que faria, seguramente, eleger esse candidato.
A esquerda perdeu para a direita. E é uma tendência que se mantém e até acentua.
No distrito, a AD foi o partido que mais subiu e capitalizou o descalabro do Chega, enquanto que no resto do país, foi a IL a capitalizar esse descalabro.
Doravante, no parlamento nacional, estou curioso para ver se o Chega continua a levar o PS ao colo ou se prefere mudar o rumo.
O país sairá certamente a ganhar, se deixarem há de continuar a governar, tão bem quando tem feito.