Após 48 anos, alguns dos mais nobres ideais do 25 de Abril, continuam por cumprir. Apesar de, ao contrário do que por vezes se apregoa, muitas delas, como desculpa e para benefício de quem o faz, não somos um país pobre. Portugal é diversificado e, para além de lindo, tem imensas potencialidades. Incluindo, evidentemente, a nossa zona económica exclusiva. O nosso imenso mar.
Se ainda persistem grandes assimetrias sociais, baixos salários e pensões de reforma, assistência médica deficiente e outras injustiças, a principal culpa, é dos sucessivos governos que elegemos. Portanto, também é nossa. Temos, como soe dizer-se, o país que merecemos. Mas jamais a culpa é do 25 de Abril.
Essa data maior da nossa história, libertou-nos do fascismo e aos povos das nossas ex-colónias. Abrimo-nos ao mundo, ganhámos mais o seu respeito, esse bem supremo que é a liberdade, e Portugal deixou de ser um país cinzento e triste.
Se não há mais equidade e justiça social, foi porque não tivemos o engenho e arte de o conseguir. Mas, a comparação com o antigamente, é francamente positiva.
Tal como tantos outros povos, devido à pandemia e agora à guerra no leste do continente, estamos a viver um mau período.
Descontando alguns aproveitamentos, em relação ao combate e gestão da pandemia, não há grandes críticas.
Quanto à guerra na Ucrânia, o que se está a passar é muito mau. Uma vergonha! E é preciso chamar-se os bois pelos nomes: a guerra é entre os EUA com a NATO que dominam, e a Rússia. A Ucrânia é o campo de batalha, o seu povo, carne para canhão, e o papel da UE, simplesmente lamentável.
Na sua página do FB, diz a propósito, o moderado capitão de Abril, Sousa e Castro: “Infelizmente, acontecimentos internacionais recentes, de agora e de há pelo menos 8 anos levaram-me a consolidar a ideia de que, a UE tal como a entendi fracassou totalmente como polo de afirmação civilizacional e de liderança na procura da paz, da coexistência pacífica e do progresso económico.
Subordinando totalmente a sua independência estratégica e, portanto, a sorte do seu futuro aos interesses políticos económicos e militares dos EUA e da sua declarada confrontação com o “Império do Meio…”
Quando o homem eleito com o apoio dos fascistas locais (que integram até um batalhão), e dos EUA, O homem cujo Governo que lidera expulsa os partidos que não lhe agradam, é responsável pela guerra no Dombass que já custou 14 mil mortos e que fez letra morta dos acordos sobre a autodeterminação da região, que apela ao total isolamento da Rússia e ao avanço e intervenção da NATO, o homem de mão dos que com esta guerra o que pretendem é o isolamento e desgaste da Rússia na sua pretensão de hegemonia global, quando discursar no nosso Parlamento, na nossa Casa da Democracia, como português e patriota, sentirei uma imensa tristeza.
Mas acredito que o nosso povo sairá desta letargia imposta pela comunicação social dos que o permitem. E, como há 48 anos, se levantará.
Por isso, Vinte e Cinco de Abril Sempre!