28 Abril 2024, Domingo
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InícioOpiniãoPENSAR SETÚBAL: Os 50 anos do Agrupamento de Escolas de Azeitão

PENSAR SETÚBAL: Os 50 anos do Agrupamento de Escolas de Azeitão

(…) Devemos lembrar o Passado, celebrar o Presente e sonhar o Futuro(…)”

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                                                   Maria Clara Félix, directora do AEA

Comemora-se neste ano lectivo de 2023/2024, a passagem dos cinquenta anos em que a Escola E,B 2,3 de Azeitão deu início à sua actividade.

As cerimónias decorreram na escola-sede, no fim da tarde de 27 de Outubro de 2023, com uma recepção à comunidade educativa, a do presente e a do passado, onde eu me incluo, seguida de repasto numa unidade hoteleira da região.

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Após um momento musical, tomaram a palavra, em representação do Agrupamento de Escolas de Azeitão (AEA), as professoras Clara Félix e Gisélia Piteira, respectivamente presidente e vice-presidente do AEA, bem como Paulo Bonito, presidente do Conselho Geral.

Estiveram também presentes o presidente e a vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins e Carla Guerreiro, bem como a presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo.

Algumas ideias-base surgiram dessas importantes intervenções.

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Em primeiro lugar, evocaram-se todos aqueles que já não se encontram connosco e que desempenharam um papel muito importante no AEA.

O caminho percorrido pelo AEA procurou nortear-se pela dignidade e sempre ao serviço da comunidade, constituindo-se um agente de mudança e desenvolvimento.

Recordou-se o ministro Veiga Simão, cujas reformas ocorridas em 1973 visavam levar a Educação a todos os portugueses, com a expansão e diversificação do ensino e que levou à sua consequente democratização, ocorrida após o 25 de Abril de 1974.

Aliás, em termos temporais, o AEA e o 25 de Abril estão ambos de mãos dadas, o que se constata com muita satisfação e regozijo.

Foram recordados cronologicamente todos os passos que conduziram à criação da escola de Azeitão, mais tarde transformado em Agrupamento de Escolas.

Salientou-se a importância da multiculturalidade, de criar cidadãos activos e pensantes (pensar e pensar-se), de cidadania e de esperança, sendo a escola, antes de mais, um espaço de pessoas, com vivências, partilhas, anseios, expectativas, para se incentivar e promover um ensino de qualidade.

Reflectiu-se sobre a importância da Educação como motor de uma Sociedade, da sua transversalidade política, social, económica e cultural.

Colocou-se o acento tónico na absoluta e imperiosa necessidade de novas instalações, dotadas de um ginásio, laboratórios e do AEA poder finalmente vir a ter o ensino secundário, desejo sempre tão absolutamente necessário e tão sucessivamente adiado, mesmo sabendo que as sete escolas que compõem o AEA têm procurado acompanhar o acentuado crescimento demográfico ocorrido ao longo das sucessivas décadas.

O AEA apresenta-se, portanto, como uma escola perfeitamente inserida em todas as suas envolvências, entendidas como o seu espaço físico e humano.

O Agrupamento de Escolas de Azeitão faz intrinsecamente parte do meu roteiro pessoal, profissional e afectivo.

Com efeito, durante os sete anos consecutivos que tive o privilégio de aqui estar, coincidiram com alturas muito importantes e decisivas da minha vida pessoal.

Por outro, ficaram-me muitas saudades dos anos que aqui passei, num ambiente profissional e relacional de excelência.

Deixei cá o coração; muita gente boa, intensa, genuína. Emotiva.

Nessa sexta-feira mágica, foi dia de encontros e reencontros; sorrisos, abraços, risadas constantes, palmadas nas costas, beijos efusivos.

Boa disposição permanente.

Memórias partilhadas.

Gente boa que nos deixa muitas saudades e que nos ajudam a resgatar o nosso sentido existencial.

Em primeira e em derradeira análise, somos e seremos sempre profissionais da educação.

Gente que trás sempre, e em qualquer circunstância, os alunos na mente. E nos afectos.

Tal como Ítalo Calvino nas suas “Cidades Invisíveis”, também gostaria de ter e trazer comigo o “Agrupamento dos Sonhos”, onde levaria comigo muita gente boa, intensa e genuína que fui e vou encontrando nestas estradas, veredas, atalhos e carreiros, muitas vezes sinuosos, mas sempre fascinantes e apelativas da Educação.

Muitos seriam seguramente provenientes do AEA.

Muitos parabéns ao Agrupamento de Escolas de Azeitão e que continuem a seguir em frente com a mesma dignidade, qualidade, empenho e determinação como fizeram até aqui.

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