29 Março 2024, Sexta-feira
- PUB -
InícioOpiniãoÉpoca balnear 2023

Época balnear 2023

Ontem dia 1 de junho, começou, por decreto, a época balnear, em Portugal. Contudo, na prática, e devido às condições climatéricas favoráveis que se fizeram sentir desde meados de abril, há muito que os portugueses já frequentam as praias.

- PUB -

Este ano, e um problema que se tem vindo a arrastar ano após ano, faltam cerca de mil nadadores-salvadores nas praias portuguesas e a Autoridade Marítima Nacional fala novamente num “problema nacional” já denunciado ao Governo e com efeitos diretos na época balnear, sendo que, e infelizmente, nos primeiros meses do ano já morreram cinco pessoas nas praias portuguesas, no ano passado, no período homólogo apenas uma pessoa tinha morrido nas praias portuguesas.

Num ano normal, são precisos cerca de 5.300 vigilantes para todas as praias concessionadas em Portugal. Mas este ano só existem pouco mais de 4.300 profissionais credenciados no país. Para tentar combater esta falta de nadadores-salvadores, algumas autarquias recrutaram nadadores-salvadores no Brasil e na Argentina.

Mas importa sim perceber porque faltam nadadores-salvadores em Portugal. Primeiro, surgem denuncias de excesso de chumbos nos cursos para nadadores-salvadores, onde é dada maior nota avaliativa à parte teórica do que aos exames físicos, e onde alegadamente as questões colocadas induzem em erro os alunos. Acrescem denúncias de salários baixos, falta de condições de trabalho, falta de fiscalização e falta de incentivos para os estudantes que sempre asseguraram a maior parte do trabalho nas praias.

- PUB -

Para minimizar este problema, os municípios propuseram ao Governo a participação da Marinha na vigilância e salvamento de banhistas nesta época balnear, devido à falta de nadadores-salvadores, além da criação de uma carreira profissional com uma tabela remuneratória que torne atrativo este setor, até porque à semelhança do que já acontece em municípios que asseguram um dispositivo de assistência a banhistas fora do período da época balnear, como a Póvoa de Varzim, Matosinhos, Nazaré, Peniche, Cascais, Almada ou Albufeira, devemos perceber onde mais é necessário tornar esta uma “profissão permanente”.

Segundo a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), as autarquias assumiram competências, através da descentralização, no domínio das praias marítimas, fluviais e lacustres, mas deparam-se agora com constrangimentos no que respeita à contratação de nadadores-salvadores para a época balnear e consideram que o problema exige medidas de exceção e que de forma célere possam contribuir para que a época balnear decorra sem problemas.

O Distrito de Setúbal, todo ele banhado pelas mais belas praias de Portugal, não é indiferente a este problema. Devemos estar atentos e exigir uma intervenção junto do Governo para que dê aval às medidas de exceção já para esta época balnear. Contudo, a aposta na criação de uma carreira profissional não pode cair no esquecimento.

- PUB -

Aos setubalenses, e enquanto não ultrapassamos este problema, lembrem-se: há mar e mar, há ir e voltar.

Bruno Nunes
Deputado do Chega
- PUB -

Mais populares

Selecção Nacional lança equipamento com semelhanças “inegáveis” ao do Vitória FC

Designer da camisola dos sadinos garante estar “lisonjeada” e realça que se trata de “pelo menos uma grande coincidência”

Praça do Brasil permanece em mudança e avança com transformação urbana

Espaço começou ontem a ser preparado para ser criada uma área exclusiva de usufruto público

“A peça do Zeca Afonso não é minha, é das pessoas de Setúbal”

Ricardo Crista tem trabalhos espalhados por todo o mundo. Autor do memorial a Zeca Afonso revela nova peça que vai nascer na cidade
- PUB -