25 Abril 2024, Quinta-feira
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Comemorar o 1.º de Maio em luta por aumento de salário

Nas comemorações do 1º de Maio, estaremos a afirmar a necessidade do aumento do salário e das reformas como uma emergência nacional que urge dar resposta para combater o aumento do custo de vida e garantir melhores condições de vida para quem trabalha e trabalhou.

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Estamos a afirmar uma mais justa distribuição da riqueza, que por nós é criada.

Iremos também afirmar a urgente necessidade de valorizar o trabalho e os trabalhadores, as suas carreiras e profissões, pois as mesmas têm vindo a ser desvalorizadas, como é exemplo disso todos os profissionais da educação e da escola pública, os profissionais da saúde e do Serviço Nacional de Saúde, ou a generalidade dos trabalhadores da administração pública local e central desde os operacionais aos assistentes técnicos passando também pelos técnicos superiores. Assim como a valorização da generalidade dos restantes trabalhadores, pela garantia de uma contratação colectiva de trabalho acima da lei geral (código do trabalho) valorizando desta forma o trabalho de todos e as suas profissões.

Aos comemorarmos o 1º de Maio estamos também a reivindicar as 35 horas de trabalho semanal para todos, pois o avanço da ciência e da técnica tem de resultar na redução do horário de trabalho e não na intensificação da exploração de quem trabalha.

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Ao comemorarmos o 1º de Maio na rua e em luta estamos a honrar a reivindicação que deu origem ao feriado do 1º de Maio, e a luta pelas 8 horas de trabalho diárias e a divisão do dia pelos três 8´s, 8 h para trabalhar, 8h para descansar e 8h para fazer o que eu quiser, era assim e desta forma que no ano de 1886 foi convocada para Chicago nos Estados Unidos da América uma Greve Geral, pela redução do horário de trabalho pois a jornada de trabalho diária chegava a atingir 16 h e 12h durante seis dias por semana. Na sequência dos acontecimentos provocados pela repressão exercida sobre os trabalhadores grevistas, foi decidido efectuar no ano de 1890 uma poderosa Manifestação Mundial na qual os trabalhadores Portugueses estiveram presentes desde à primeira hora.

A dinâmica da luta dos trabalhadores e do 1º de Maio atingiu patamares tão elevados que logo no ano de 1892 na região de Setúbal, são convocados 1ºs de Maio em dois locais, um em Almada convocado pela Associação de Classe dos Corticeiros e outro em Setúbal com romagem à campa dos operários falecidos, seguida de uma confraternização operária.

Desde estas datas não mais se deixou de comemorar o 1º de Maio dia internacional do trabalhador, nem mesmo quando esteve reprimido pelo fascismo de Salazar e Caetano, pois o mesmo sempre foi comemorado ao final do dia junto das grandes empresas como por exemplo na CUF no Barreiro que apesar de reprimido sempre foi comemorado.

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Ao comemorarmos em 2023 o 1º de Maio em Setúbal, e em varias localidades do País os trabalhadores Portugueses estão em luta na rua, pelo aumento efectivo do salário, pela valorização do seu trabalho e das suas profissões, pela redução do horário de trabalho, pela afirmação de uma ruptura com a política de direita e por uma política que controle os preços dos bens de primeira necessidade, pelo direito a habitação condigna e a preços justos, pela justa distribuição da riqueza que produzem, pela melhoria da sua condição de vida e de trabalho, em defesa de serviços públicos de qualidade (Saúde, Educação e Segurança Social) entre outras, pela garantia que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo.

Mas para além da luta pelas nossas reivindicações estamos também a confraternizar e a fazer do 1º de Maio um dia da família e com a família, pois os nossos filhos e netos também têm o direito de saber o porque de seus pais e avós fazerem do 1º de Maio um dia de luta de confraternização de festa e também um dia de família.

Podem os trabalhadores do distrito contar com a União de Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN, para estar junto com eles à porta da fábrica, na rua, no 1º Maio em luta, por uma sociedade mais justa, mais fraterna, no atingir do objectivo de uma sociedade sem exploradores nem explorados.

Tal como em 1886 a luta por melhores condições de vida e de trabalho continua!

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