26 Abril 2024, Sexta-feira
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A falta de visão programática do Governo! Areia para os olhos!

Entrámos na semana de discussão de programa de Governo e as surpresas não são muitas. Uma cópia do programa eleitoral do partido socialista, mas até aqui poderíamos aceitar. No entanto, falta de criatividade e visão estratégica para Portugal ditou o “mais do mesmo” … um programa de continuidade política e de visão socialista.

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Numa leitura atenta às pouco mais de 180 páginas do programa chegamos à conclusão de que alguém não fez uma leitura correcta da realidade que vivemos. Poderíamos até usar a expressão “nova realidade” para definir o período COVID e pós COVID, mas ignorar por completo a guerra na Ucrânia, é de todo uma vergonha, ignorar que essa mesma guerra tem tido consequência directas no preço dos bens de consumo, na gasolina, na electricidade, no gás, é prova que o programa resulta de um copy/paste de algo escrito antes da guerra começar e não criaram um documento com capacidade de resposta à verdadeira “Nova realidade”.

Se tivessem pensado na questão da crise energética teria sido, no mínimo de bom tom ponderar o investimento em Sines, município do Distrito de Setúbal, que teria capacidade para ser a porta de entrada do Atlântico na Europa para o gás, por exemplo, permitindo inclusive com um investimento sério e estrategicamente ponderado uma maior valia económica e geopolítica para fazer chegar o gás natural da Argélia ou da Nigéria ao centro da Europa.

Recordemos que os pipelines já estão construídos até Aveiras, e que existe um projecto europeu que esbarra actualmente com a teimosia do governo francês em ultrapassar a dificuldade técnica dos Pirenéus, sendo certo, no entanto que a Península Ibérica estaria “facilmente” enquadrada neste novo projecto de fornecimento desde Sines.

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Um programa que não tem opções para ultrapassar as dificuldades na garantia da habitação para todos aqueles que estão em dificuldades em consequência das consecutivas crises económicas que temos vivido, baseando esse princípio apenas nos que agora chegam ao nosso Portugal ou a minorias, quando uma medida preventiva pode evitar que dentro de algum tempo tenhamos de estar a analisar medidas para garantir habitação à, já quase extinta, classe média portuguesa.

Um programa que tem na descentralização de competências uma visão de caminho para a regionalização, chegando ao ponto de afirmar que pretende possibilitar a realização de referendos locais, quando esse direito já se encontra descrito na constituição de 1976, e tem base legal revista em 2020, durante a vigência do anterior governo, do mesmo primeiro-ministro.

A vergonha em relação ao Distrito de Setúbal é de tal forma gritante, que diz o governo, irá desenvolver os esforços para a criação de uma nova NUT em Setúbal, quando a candidatura já foi submetida no passado, mesmo em cima das eleições legislativas, ou seja, alguém não actualizou o ficheiro do programa de governo depois de encerrada a campanha eleitoral e copiou tal como estava.

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Vergonha!

Propaganda!

Areia para os olhos!

Bruno Nunes
Deputado do Chega
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