19 Abril 2024, Sexta-feira
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A segunda grande guerra (II)

A Alemanha e a Itália totalitárias e o Japão militarista, perante a incapacidade da Sociedade das Nações para manter a paz, foram avançando com as ocupações territoriais.

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Na Ásia, o Japão, após ocupar a Manchúria, invadiu a China que vivia, então, uma guerra civil travada entre os defensores do modelo capitalista e os defensores do modelo comunista.

Perante a invasão estrangeira, comunistas e capitalistas uniram-se, tendo a China recebido o apoio dos E.U.A, contudo do material enviado nenhum foi entregue aos comunistas. Em África, a Itália ocupou a Etiópia.

Na Europa, a Alemanha começou por reincorporar o Sarre, em 1935, e ocupar militarmente a Renânia, em 1936, região fronteiriça com a França, desmilitarizada de acordo com o Tratado de Versalhes. Os generais franceses confiantes na estratégia seguida na I Guerra Mundial- guerra de trincheiras – mandaram construir uma fortificação ao longo da fronteira com a Alemanha, a Linha Maginot.

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Entretanto, Hitler assinou um pacto com Mussolini e depois com o Japão, tendo em vista combater o comunismo soviético.

Em 1938, dois acontecimentos marcarão a História Mundial: em Março, a anexação da Áustria pelos nazis, em Setembro entra em efervescência a questão da Checoslováquia. Neste país viviam diversos povos, nomeadamente cerca de 3 milhões de alemães na região chamada Sudetas.

Quando Hitler declarou pretender invadir o país, argumentando desejar proteger os alemães de agressões de que estariam a ser vítimas, a Inglaterra e a França reagiram. Por proposta de Mussolini, realizou-se a Conferência de Munique com a presença de Hitler, Mussolini, Neville Chamberlain- primeiro-ministro inglês – e Édouard Daladier – primeiro -ministro francês.

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Do governo da Checoslováquia, principal interessado, ninguém foi convidado, logo para os Checos o resultado da reunião era previsível. Em nome da paz e prometendo não avançar com novas ocupações, Hitler conseguiu o que queria, tendo a Checoslováquia entregado a região dos Sudetas à Alemanha.

Churchill terá dito a Chamberlain: «foi-lhe dado escolher entre a desonra e a guerra. Escolheu a desonra e terá a guerra.» Com o acordo de Munique, aparentemente, a Polónia estaria salvaguardada, especialmente o corredor polaco, que incluía o porto de Dantzig ou Gdansk (nome polaco), que permitia à Polónia ter acesso ao mar, e que a Alemanha perdera através do tratado de Versalhes.

Apesar dos compromissos assumidos pela Alemanha, Inglaterra e França decidiram dar total apoio à Polónia em caso de invasão estrangeira. Passados alguns meses, toda a Checoslováquia estava ocupada pelas tropas nazis.

Hitler assinava os tratados que fosse necessário para ganhar tempo, pois não tinha intenção de os cumprir. Ainda hoje se desconhecem as razões que levaram a França e a Inglaterra a cederem às exigências alemãs.

Uns afirmam que era necessária uma política de apaziguamento tendo em vista evitar uma segunda guerra mundial, outros argumentam que franceses e ingleses aceitavam de bom grado o crescente poderio militar alemão, desde que as armas fossem apontadas para a União Soviética, ou seja, seria o nazismo a fazer o trabalho que as democracias liberais não conseguiram, destruir a Revolução Russa.

Estaline, líder da União Soviética, muito provavelmente, apercebeu-se que corria riscos, logo, não conseguindo assinar um tratado com franceses e ingleses, vira-se para a Alemanha. Perante a estupefacção mundial, é assinado o pacto germano-soviético, entre um líder nazi e um líder comunista.

Só mais tarde, se soube que Estaline e Hitler tinham decidido dividir entre si a Polónia e outros países. Em um de Setembro as tropas nazis invadem a Polónia pelo ocidente e a 17 desse mês as tropas russas invadem pelo oriente. Inglaterra e França declararam guerra à Alemanha. Foi o início do maior conflito à escala mundial até aos nossos dias.

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