29 Março 2024, Sexta-feira
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“Ou somos irmãos ou…”

“Ou somos irmãos ou tudo se desmorona”, disse o nosso Papa Francisco. E esta afirmação é válida tanto na sua faceta ética como na reacção que todos devemos ter na multiplicidade dos problemas que vivemos na nossa actualidade.

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Ou a maior parte do mundo tem vacinas contra a covid-19 ou o vírus vai aparecendo sempre com novas variantes, não dando sossego aos serviços de saúde. Ou todos regulamos os nossos consumos de água ou muita gente morrerá à sede e todos sofreremos com os aumentos dos preços  dos bens de consumo.

Ou todos usamos nas nossas relações um espírito de fraternidade ou aumentarão os ódios, os crimes, os atentados e…, noutra dimensão, os conflitos armados que nos podem levar a mais uma “grande guerra” de resultados imprevisíveis, face ao poder das armas, cuja capacidade destrutiva é inimaginável.

Ou todos nós nos compenetramos de que o aquecimento global de que tanto se fala nos leva mesmo à inabitabilidade do nosso planeta e ao desaparecimento de muitas espécies animais e – o que talvez seja mais grave – fará desaparecer grandes orlas dos continentes e de variadas ilhas. “Ou todos somos irmãos ou tudo se desmorona!”.

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É bem verdade,  ou todos nós nos consideramos irmãos e alguns poucos, egoístas, concentram nas suas mãos os rendimentos do trabalho de milhões, ficando à mercê dos seus sonhos de riqueza e de poder. Ou todos somos irmãos… ou os que enveredam pelos caminhos da política.

Mesmo eleitos por uma maioria dos seus irmãos, usam os poderes que lhes são atribuídos pelo escrutínio de uma maioria, inventam processos maquiavélicos em vez de servirem, de se servirem a eles próprios. Ou todos somos irmãos e paralelamente em muitas conferências com bons programas de paz se incrementam manobras militares e se concentram meios destrutivos ameaçadores.

E nem intencionados cientistas fazem descobertas fantásticas para melhorar a vida das pessoas e outros, de imediato, utilizam tais descobertas para aumentarem o seu poder sobre os outros. Estou certo de que Einstein, ao descobrir o poder da energia encoberta na matéria, não surgiria a bomba atómica, que revoluciona o poder das nações.

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Estou certo de que aos cientistas que exploram os meandros da vida das células não lhes passou pela cabeça que alguém pensa em criar raças puras dominadoras dos outros. E caminhando para trás no tempo, os iluminados que venceram a gravidade não pensavam nos aviões supersónicos, ou invisíveis aos radares, ou mesmo na invasão dos espaços longínquos da lua, de Marte ou ainda mais além!.

“Ou somos todos irmãos ou tudo se desmorona” – Serão os homens tão cegos e tão surdos que não param por momentos para pensar que estas palavras serão mesmo uma realidade ímpar arável?  Que os homens de hoje na pujança da vida estejam tão impregnados com o seu poder e riqueza e que, por isso, estejam realmente cegos e surdos?

Eu acredito e por isso é necessário que todas as pessoas de boa vontade façam apelos fortes à nossa juventude para ouvirem este apelo dramático de Francisco: “Ou todos somos irmãos ou tudo se desmorona”. Jovens! É a vossa vida, é o vosso futuro e o de muitas outras gerações que está agora nas vossas mãos! Deixem que este apelo de Francisco se entranhe no vosso todo e vos faça arautos de uma verdadeira salvação da vida desta humanidade que – dizem – foi criada para a felicidade e o amor supremos, a que alguns chamam o “reino de Deus” ou… o “Paraíso”! Deixem-me ser sonhador! É próprio de quem espera por um fim de vida bem próximo!

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