- Faço minhas as palavras de José Mourinho: “mais triste do que desiludido” com a eliminação da nossa seleção. Não se pode dizer que a equipa portuguesa tenha jogado mal frente à Bélgica, contrariamente ao que aconteceu com a Alemanha. Tratou-se de uma partida muito equilibrada na primeira parte e com as duas equipas a respeitarem-se mutuamente. Infelizmente o grande golo de Hazard mudou a dinâmica do jogo a nosso desfavor, obrigando Portugal a correr riscos sem que tenha tido êxito. Perante a desvantagem no marcador, o selecionador Fernando Santos fez alterações na equipa ao intervalo, Portugal arriscou mais, dominou quase toda a segunda parte, criou oportunidades de golo, mas não foi capaz de concretizar.
É uma trivialidade dizer que a sorte por vezes determina o resultado, que Portugal merecia o empate e a ida a prolongamento. Na prática, sorte ou azar, a verdade é que falhámos na eficácia e o resto é história.
Isto dito, apesar do sabor amargo, importa dizer que Portugal deixou o torneio nos oitavos de final, o que não era o que se pretendia, mas que tal aconteceu perante uma das equipas favoritas à vitória no torneio. De certa forma, Portugal caiu de pé e com alguma normalidade. Comparativamente, mais difícil de gerir será a surpreendente eliminação da França perante a seleção suíça. Aliás, a própria eliminação da Holanda contra a República Checa não deixa de constituir uma surpresa.
A imprevisibilidade, aliás, é um dos elementos cruciais no futebol. Camisolas e currículos não ganham troféus. Por isso, os campeões da Europa e do mundo foram para casa mais cedo. É a vida.
- Terminou a Taça Esperança Concelhia, organizada pela Associação de Futebol de Setúbal. Infelizmente, alguns clubes do distrito optaram por não se inscrever e deduzo que outros não tiveram condições para o fazer. De certo modo, esta foi a competição possível perante os constrangimentos de todos conhecidos.
Parabéns a todos os nossos atletas e equipas técnicas pela sua participação, independentemente dos resultados. Oxalá que na próxima época já se possa retomar um mínimo de normalidade.
