25 Abril 2024, Quinta-feira
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Que fizeste ao teu irmão?

Passou há poucos dias o “dia do migrante” e é bom que nos recordemos desse problema – entre tantos outros que atualmente nos envolvem – pois assistimos a enormes tragédias que envolvem milhares e milhares de pessoas que tentam encontrar um lugar de paz onde possam viver. Uns milhares fogem das guerras que grassam nos quatro cantos do mundo. Outros fogem de zonas onde se morre de fome e se não têm possibilidades de fugir à pobreza. E a Europa é para todos eles uma espécie de “el dourado” onde se pode viver feliz.

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A grande maioria dos migrantes fogem das guerras da Síria, do Iraque e do Iemen, e muitos deles vêm dos países de África que, muitos deles, vivem numa instabilidade permanente. E todos eles , aos milhares, encontram após longas e perigosas fugas, o mar Mediterrâneo com a Europa do outro lado. E essas avalanches de fugitivos são alvo de máfias e gangues que aproveitando-se da fragilidade daquelas pessoas as exploram numa hipotética ajuda. E metem-nos em frágeis embarcações, sempre apinhadas e em monte, homens, mulheres e crianças, que Têm morrido afogadas aos milhares , transformando o Mediterrâneo num verdadeiro cemitério.

Esta movimentação de tanta gente tem sido igualmente manipulada com fins políticos : A Turquia tem uns milhões destes fugitivos que verdadeiramente “negoceia” com a União Europeia, e ameaça “larga-los” para a Europa. A Grécia e as ilhas que prolongam o seu território pelo mar dentro têm sido o ponto de chegada de milhares dos que conseguem completar a atravecia do Mediterrâneo.

É evidente que um só país não pode aguentar tal avalanche de pessoas, mas os países da União Europeia não têm chegar a um acordo para resolver este problema. E assim foi criando campos confinados onde vai colocando milhares em barracas onde se vão acumulando, sem condições de higiene, e onde se vão acumulando esses nossos irmãos e onde vão passando anos . Há alguns países europeus que declaradamente se negam a receber esses migrantes e fecham as suas fronteiras, e muitos outros fazem “orelhas moucas” aos gritos de angústia desses migrantes e aos protestos da Grécia que tem o problema nas mãos.

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Eis um problema que urge resolver mesmo com o marasmo da pandemia. Recentemente formou-se mais um caminho de fuga que vem desembocar no nosso Algarve – umas centenas que já nos dão problemas. Uma voz que clama pela resolução deste grave problema, tem sido o Papa Francisco. A sua primeira viagem, no início do seu papado, foi uma ida à ilha de Lesbos, e já lá vão quatro ou cinco anos e tudo continua sem solução. Nessa altura Francisco citando a Biblia, deixava o grito “que fizeste do teu irmão?”, da história de Abel e Caim. Quando a União Europeia passará das palavras à ação? A “covid19” não pode ser razão para deixar ao abandono milhares e milhares de nossos irmão! E até no nosso Portugal necessitamos de mão de obra e de famílias que colmatem o nosso envelhecimento progressivo. Daqui a uns poucos anos teremos menos um milhão de habitantes a par duma larga fatia de idosos (isto se o Corona vírus não levar uma boa parte dos nossos idosos!!

Esta criação de dias especiais para recordar as responsabilidades das pessoas não podem ser apenas pretextos comerciais, devem ser alertas para a nossa consciência de cidadãos e seres humanos atuarem – repito: ATUAREM – para a solução dos problemas que nos são recordados. E muito em especial é um convite à ação para os que se dizem cristãos !!

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