25 Abril 2024, Quinta-feira
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O início do novo Ano Escolar

A preparação de um novo ano letivo normalmente é vivida com ansiedade e preocupação pelos estudantes e pelos pais. Este ano ainda mais, dadas as circunstâncias de epidemia em que vivemos, o que exige a adoção de medidas de saúde pública pelo Governo.
É importante que o ano letivo seja preparado para assegurar que o ensino é presencial. O contacto direto entre estudantes e professores é fundamental no processo ensino/aprendizagem. Aliás, um dos aspetos que o ensino à distância deixou bem evidente é que a sala de aula é o espaço onde as desigualdades são mais esbatidas e onde existem mais condições para a assegurar a igualdade no sucesso escolar.

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Vários especialistas alertam para os impactos e as consequências que o isolamento pode trazer no futuro para as crianças e jovens, seja no plano da saúde mental, no plano do desenvolvimento social e no plano da aprendizagem. Por isso nas recomendações de saúde pública deve-se ter em consideração que as crianças precisam de brincar e de contactar com outras crianças.

Inicia-se um novo ano escolar mais uma vez com uma enorme carência de auxiliares de ação educativa nas escolas. Se em anos anteriores a falta de funcionários era um problema, neste ano letivo a situação agrava-se, porque são necessários mais funcionários para assegurar a limpeza e higienização dos espaços, por exemplo. É preciso que o Governo proceda à contratação de mais auxiliares de ação educativa, mas também de técnicos especializados e de professores. Foi colocado como objetivo a consolidação das aprendizagens do ano anterior nas primeiras semanas de aulas, há necessidade de assegurar a resposta necessária aos alunos com necessidades especiais e evitar a suspensão das terapias, como sucedeu no final do ano letivo anterior, com consequências muito negativas nestes estudantes e isso exige que haja mais trabalhadores na área da educação nas escolas, aspeto que o Governo não resolveu até ao momento.

Se nas últimas décadas em vez de desinvestimento, tivesse havido o investimento necessário na Escola Pública, estávamos em melhores condições para enfrentar a epidemia. Mas a verdade é que ao longo de anos, sucessivos governos não resolveram os problemas de sobrelotação das escolas, com a construção de novas escolas, não resolveram o problema do número elevado de alunos por turma, não procederam à contratação do número de trabalhadores da educação necessários e hoje combatemos a epidemia com mais dificuldades.

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Para além da tomada de medidas para a proteção da saúde de estudantes, funcionários e professores, a atual situação evidencia a urgência do investimento na Escola Pública, ao nível das instalações e alargamento da rede pública de ensino, do pré-escolar ao ensino secundário; do reforço de professores, técnicos e auxiliares de ação educativa, com direitos assegurados; da adequação dos materiais didáticos e modernização de equipamentos informáticos; da existência de uma verdadeira escola inclusiva; da garantia de igualdade do acesso e sucesso escolar para todos.

Paula Santos
Deputada do PCP
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