Há meia dúzia de dias após a renovação do “estado de emergência” prolongado por causa da pandemia, um jornal diário titulava em letras grandes e negras que “O Costa proíbe a Páscoa” e todos os jornais e televisões repetiam à saciedade os problemas e os números que assolavam o mundo inteiro devido à pandemia dum coronavírus do qual se dizia que pouco se sabia.. O tal vírus, aparentemente desconhecido, mostrava-se extremamente perigoso pela sua facilidade em se expandir e pela gravidade das lesões pulmonares que provocava, matando às centenas por dia ao mesmo tempo que crescia vertiginosamente o número de infetados e lançando o caos nos serviços de saúde. Não somos adeptos das “teorias da conspiração” mas é no mínimo estranho que em meados de Outubro de 2019 se tivessem reunido num hotel de Nova York umas duas dezenas de representantes da alta finança mundial para discutir as consequências mortíferas duma hipotética epidemia, das consequências sobre a saúde pública, sobre a vida das sociedades e, especialmente – muito especialmente – sobre a economia mundial.
Note-se que as primeiras notícias que veem a público sobre uma epidemia na cidade chinesa de Wuan surgem no “De Guardian” – jornal inglês- em Dezembro, dois meses depois da tal reunião no hotel de Nova York. Ainda é “interessante” que em Janeiro, na reunião anual, na Cidade de Davos, onde se reúnem os bancos importantes, o FMI, os representantes dos Fundos que alimentam os mercados de ações, as multinacionais, etc. se tivesse na agenda os problemas inerentes a uma pandemia (!), assunto versado igualmente por Bill Gates- o homem mais rico do mundo e ligado à indústria química, farmacêutica e de investigação, numa qualquer reunião realizada uns três anos antes.
Afinal o tal coronavírus não era assim tão desconhecido como nos fizeram crer pois vários laboratórios o investigavam e estavam lançados na procura duma vacina. Todos nos lembramos duma notícia que falava da tentativa de Tremp para comprar ou aliciar um laboratório alemão que estará com uma vacina em avançado estado de desenvolvimento. É evidente que perante a dimensão desta tragédia os governos têm tomado medidas para tentar conter a difusão da pandemia , tentando suster o contágio mantendo milhões de pessoas confinadas ás suas residências e é impressionante ver cidades como Paris ou Londres ou a praça de S.Pedro ,no Vaticano, completamente vazias!! Em especial numa época como esta em que se celebra a Páscoa – o centro da vida da Igreja Católica.
Está bem enraizada no mundo cristão, desde há mais de dois mil anos a celebração da Paixão e Morte de Jesus Cristo – esse homem que se dizia Filho de Deus e convivia com leprosos, prostitutas e outros deserdados da sociedade. Que se dizia Filho de Deus e se deixou condenar à morte sem um protesto e à condenação por crucifixão ao lado de ladrões. Condenação num julgamento forjado pelas elites religiosas da época que se sentiam ameaçadas nos seus privilégios e poderes. Ameaçados por uma Pessoa que apenas vivia para praticar o amor, o perdão, a fraternidade para com os pobres e doentes. Mas a Páscoa é mais do que isso tudo! A Páscoa vem dar sentido às nossas vidas. A Páscoa é ressurreição! Jesus dizia de si próprio: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!” O que qualquer poder político pode proibir são as cerimónias litúrgicas e os hábitos enraizados na nossa vida social, muitos deles já rotinas sem “alma”. A convicção de que a Páscoa significa , e é, Ressurreição e o verdadeiro Caminho de Vida, essa, nem o Costa, nem o corona vírus pode proibir. E a Pandemia é verdadeiramente uma Paixão que só pode clarificar o nosso sentido de Vida!
Que cada um viva com mais convicção que a sua vida é uma eternidade, se vivida com Amor!!
