29 Março 2024, Sexta-feira
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Construção do novo hospital em Montijo: Um grande passo

A coligação PSD/CDS – “Muito Mais Montijo” apresenta uma proposta para a construção de um novo Hospital para servir os Munícipes de Montijo/Alcochete, mais de 70.000 pessoas, na qual caberá às IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) do Montijo e de Alcochete a sua construção faseada, e em que a CMM (Câmara Municipal de Montijo) será um parceiro fundamental.
Há diversos factos que enumero, de seguida, e a que reputo extrema importância:
1 – As forças políticas, CDU e BE, têm a opinião de que o actual Hospital não serve os interesses das populações de Montijo e Alcochete e que deve ser construído um novo Hospital;
2 – O PS ainda não tem opinião;
3 – Essas forças políticas entendem que não cabe à CMM a construção do novo Hospital, mas sim ao Governo Central.
4 – A localização proposta pela coligação PSD/CDS também não merece consenso das outras forças políticas;
A proposta da coligação “Muito Mais Montijo” constitui um projecto que, alegadamente para as outras forças políticas, não tem valor político, social e humano, antes pelo contrário, é considerada uma proposta despesista e populista. Pelo que, das mais variadas formas, tentam influenciar os eleitores a desconsiderarem tal proposta, na tentativa de minimizar os efeitos que a mesma, a concretizar-se, poderá vir a ter, directamente, na saúde e no bem-estar de mais de 70.000 potenciais munícipes/utentes.
Na verdade, o diagnóstico está feito: o actual Hospital não serve os interesses dos cidadãos. A solução para melhorar e resolver, de uma vez por todas, as questões da saúde hospitalar no Montijo e Alcochete é que é dúbia e controversa: enquanto uns “chutam a bola para a frente” e propõem que deve ser o Orçamento de Estado a resolver (e que depois nada resolve!), outros “chutam a bola para o canto”, estando no poder, não querendo resolver, mesmo quando têm meios financeiros ao dispor para o fazer, para além da influência de que dispõem do governo da república por ser da mesma cor política.
No entanto, limitam-se a criticar a proposta da coligação “Muito Mais Montijo” que quer fazer alguma coisa e que apresenta uma proposta a debate que poderá ser melhorada.
Neste contexto, não podemos esquecer que Nuno Canta esqueceu completamente a prestação dos serviços de saúde, na apresentação da sua recandidatura à CMM. Aliás, tal como esqueceu, durante este mandato, os cuidados primários de saúde, com a construção do novo centro de saúde que prometeu e não realizou.
Parece que existe uma excelente situação financeira na CMM. Ora, os meios financeiros existem para servir as populações e não o contrário.
Torna-se importante, nesta sede, dar a conhecer a situação financeira da CMM para termos consciência da praticabilidade da execução da proposta apresentada pela coligação “Muito Mais Montijo”: a CMM apresenta, no ano de 2016, um património bruto (activo) de € 101.807.848,87, um passivo de € 21.198.293,73, patenteando um património líquido de € 80.609.555,14.
Esta Entidade apresenta um lucro, no ano de 2016, de € 729.143,01 e libertou meios financeiros de € 3.316,357,28.
Atentemos que a CMM libertou meios financeiros, ao longo do último triénio, de € 11.296.614,27.
A ser assim, a CMM pode contribuir para a construção do novo Hospital do Montijo promovida pela coligação “Muito Mais Montijo”.
Os munícipes, muitas vezes, por desconhecerem as contas e os números da sua Câmara Municipal, conformam-se com a ausência de políticas activas e acções de melhoramentos na saúde, educação e higiene pública por pensarem que tal se deve a falta de meios financeiros e não à incapacidade de quem nos governa.
Sendo a CMM uma Entidade da Administração Autónoma do Estado, tem obrigação de contribuir e não descurar aspectos fundamentais como a saúde pública para o bem-estar social da população em geral, e em particular, dos seus utentes e trabalhadores.
Julgamos que o projecto a implementar é, de facto, positivo, viável (a exemplo do Hospital de Vila do Conde), exequível e concretizável, contribuindo para a criação de cerca de 200 postos de trabalho e ainda para a revitalização do centro histórico do Montijo.
Haja discussão e coragem política.

Fernando Coelho
Economista e Jurista
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