19 Maio 2024, Domingo

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Um ovo, bombons e sushi levam ‘montijense’ ao topo da Europa

Um ovo, bombons e sushi levam ‘montijense’ ao topo da Europa

Um ovo, bombons e sushi levam ‘montijense’ ao topo da Europa

André Boto voltou a ser eleito Fotógrafo Europeu do Ano. Foi à Noruega receber o prémio. É o único com três conquistas

 

O que têm comum as imagens de um ovo, uma pilha de Ferrero Rocher e uma tábua de sushi? Somadas valeram a André Boto, 39 anos, a distinção de Fotógrafo Europeu do Ano 2024. E esta foi a terceira vez – a segunda consecutiva – que o algarvio natural de Silves, mas residente em Montijo há cerca de seis anos, arrebatou o galardão instituído pela Federation of European Professional Photographers.

André Boto já havia entrado para a história ao tornar-se o único fotógrafo profissional a arrebatar por duas ocasiões (em 2010 e 2023) a máxima distinção desta competição, condição que agora reforçou com a terceira conquista. E no passado sábado fez “a festa” em Alesund, Noruega, onde se deslocou para participar na gala de entrega de prémios e receber o troféu alusivo à edição de 2024, que bateu o recorde de participações, com mais de 3 300 imagens submetidas a “concurso”.

Cada fotógrafo tem de apresentar um mínimo de três fotografias e o somatório da apreciação às imagens dá a classificação que dita a eleição do melhor de cada uma (este ano foram 12) das categorias. Dos vencedores de cada categoria (prémio “Câmara de Ouro”) sai, após nova apreciação, o Fotógrafo Europeu do Ano. Boto obteve nota máxima.

Mas para chegar ao êxito foi preciso realizar um trabalho aturado. Foram necessárias “muitas horas, muitas tentativas e criatividade” até conseguir que cada uma das três imagens – uma de um ovo; outra de uma pilha de Ferrero Rocher; e outra ainda a retratar uma tábua de sushi – atingisse o ponto, ou seja, o resultado final pretendido, atendendo aos mais ínfimos pormenores, disse a O SETUBALENSE. O ovo, admite, foi a única imagem executada em “apenas um disparo, sem manipulação”.

No final compensou, até porque, além de vencer a “Câmara de Ouro” na categoria “Comercial e Publicidade”, alcançou a distinção mais prestigiada e almejada pelos concorrentes.

Participação lusa de luxo

A edição deste ano teve a particularidade de a participação lusa ter registado resultados inéditos, já que à conquista de Boto juntou-se também um triunfo de Luís Godinho (“Câmara de Ouro” em “Reportagem”), um 2.º lugar de Paulo Pinto (“Câmara de Prata” na categoria “Casamento”) e um 3.º posto de Franklin Neto (“Câmara de Bronze” também em “Comercial e Publicidade”).

Os resultados portugueses ganham ainda maior relevo face aos critérios de selecção das imagens que foram este ano mais apertados, conforme revelou Johan Brouwers, que preside à competição.

“Pela primeira vez foi implementada uma verificação profunda de todas as imagens e respectivos ficheiros originais dos finalistas. O objectivo é defender os princípios mais básicos da fotografia, com o mínimo uso, em absoluto, de inteligência artificial e de fotografias de banco de imagens nas poucas categorias que permitem isso”, salientou o responsável. “Ao priorizar a autenticidade e a integridade, garantimos que cada imagem vencedora seja um verdadeiro reflexo da habilidade e visão do fotógrafo”, justificou, a concluir.

André Boto é fotógrafo profissional a tempo inteiro, na área comercial, e passou a ser o único a deter três distinções máximas (duas consecutivas) atribuídas pela Federation of European Professional Photographers.

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