Sindicato XXI cancela greve no Terminal de Contentores do Porto de Sines

Sindicato XXI cancela greve no Terminal de Contentores do Porto de Sines

Sindicato XXI cancela greve no Terminal de Contentores do Porto de Sines

Unidade sindical rejeita responsabilidades na instabilidade social criada ao longo deste ano

O Sindicato XXI levantou nesta sexta-feira o pré-aviso de greve no Terminal de Contentores do Porto de Sines, que estava agendado para segunda-feira e por tempo indeterminado, acusando a concessionária de intransigência nas negociações com os trabalhadores.

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“A PSA Sines fez um comunicado [a afirmar] que a instabilidade, a quebra de volumes, o desvio de linhas por parte da MSC [Mediterranean Shipping Company] ao Terminal XXI são da responsabilidade direta deste sindicato com este pré-aviso de greve” quando “na verdade [a empresa] tem sido intransigente em encontrar um acordo para a paz social no terminal”, disse o presidente da estrutura sindical, Luís Peixoto.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente argumentou que o sindicato rejeita responsabilidades na instabilidade social criada ao longo deste ano, devido a várias paralisações, tendo sido decidido “retirar este pré-aviso de greve” para demonstrar o “sentido de responsabilidade e maturidade” do sindicato nesta matéria.

No entanto, disse entender que as sucessivas greves que se fizeram sentir no terminal “são legítimas e um direito dos trabalhadores” e que as suas consequências resultam “da intransigência da empresa em chegar a um entendimento com o subscritor do Acordo de Empresa”, que é o sindicato XXI.

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Apesar do levantamento da greve, o sindicato pretende expor a situação à Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) e ao Ministério das Infraestruturas, que tem a tutela dos portos, afirmou o dirigente, acrescentando que “o medo e a perseguição aos trabalhadores pelos seus direitos não pode acontecer”.

“O pré-aviso de greve não é retirado por medo, nem por pressão a esta estrutura sindical, mas pela responsabilidade e pelo clima que a empresa tem feito sentir no terminal, com conversas de despedimentos coletivos e de uma situação insustentável”, afiançou.

Ainda assim, o sindicalista admitiu a possibilidade de, no futuro, “haver outras formas de contestação” ou até voltar “a esta mesma forma” que foi cancelada hoje.

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“A PSA tem feito comunicados [a alertar] para a perda de volumes de forma sistemática, apresentou um mail do cliente MSC a retirar três rotas de navios que foram desviadas para Espanha, mas isto tem acontecido desde as paralisações que se iniciaram em março e até este mês de dezembro”, convocadas por outras estruturas sindicais, precisou.

À Lusa, o sindicalista explicou que esta tarde chegou a estar previsto um plenário de trabalhadores para apresentar e discutir “um possível acordo” com a empresa “para acabar com a instabilidade social”, que foi cancelado pelo sindicato por falta de consenso na sua interpretação.

“A verdade é que a interpretação de algumas das medidas do tal acordo que estava a ser desenhado não criava consenso e só se percebeu isso hoje”, nomeadamente “a leitura das tabelas salariais propostas”, com as quais o sindicato não concorda, levando ao cancelamento do plenário, sublinhou.

O pré-aviso de greve foi emitido no passado dia 26 de novembro contra a imposição de horários e regressão das carreiras salariais.

Além dos horários de trabalho, a estrutura sindical, que conta com cerca de 400 associados de um universo de cerca de 1.300 trabalhadores, adiantou que a paralisação visava igualmente negociar as tabelas salariais.

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