28 Junho 2024, Sexta-feira

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Porto de Sines e complexo industrial e portuário do Pecém criam corredor verde

Porto de Sines e complexo industrial e portuário do Pecém criam corredor verde

Porto de Sines e complexo industrial e portuário do Pecém criam corredor verde

Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, esteve presente na cerimónia com as duas entidades

O Porto de Sines e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Brasil, assinaram esta sexta-feira um memorando de entendimento que permite criar um corredor verde para troca de produtos agro-alimentares, siderúrgicos e energéticos.

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O memorando surge no âmbito da iniciativa Global Gateway, lançada em 2021 pela Comissão Europeia (CE) para promover ligações inteligentes, limpas e seguras a nível dos sectores digital, da energia e dos transportes, esperando mobilizar 300 mil milhões de euros até 2027.

O documento foi assinado pelo presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), José Luís Cacho, e pelo presidente do Complexo Industrial e Portuário (CPI) do Pecém, Hugo Figueiredo Júnior.

No seguimento do mecanismo Global Gateway, a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) assinou, em 2023, memorandos de entendimento com a Sociedade de Desenvolvimento da Barra do Dande, em Angola, e com a Companhia Siderúrgica Nacional do Brasil.

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“A Global Gate Way é uma oportunidade para Sines potenciar a sua conectividade a uma escala global com o foco no atlântico sul e assegurar investimentos de natureza industrial e logística fundamentais para a sustentabilidade futura do porto [de Sines] e para o crescimento económico do país”, afirmou o presidente da administração portuária, José Luís Cacho.

De acordo com o responsável, que falava durante a cerimónia de assinatura do memorando entre as duas entidades, que decorreu no auditório do Porto de Sines, as parcerias que têm sido estabelecidas vão permitir o desenvolvimento de “um hub e de um corredor logístico” com Angola e o Brasil.

“Este memorando reforça a conectividade oferecida pelos portos de Sines e do Pecém que, por sua vez, irá reforçar as ligações de Sines à Europa”, frisou José Luís Cacho, apontando para as áreas do “agronegócio, das matérias-primas ligadas à siderurgia e ao hidrogénio verde”.

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Por sua vez, o presidente do CPI, Hugo Figueiredo Júnior destacou os “dois grandes projectos que estão em curso” no Estado do Ceará – o hub de hidrogénio verde e a ferrovia Transnordestina – que “vão transformar a economia da região e do Brasil”.

“Estamos numa posição muito favorável como um dos locais mais competitivos para a produção de hidrogénio verde e a entrega na forma de amónia para mercados consumidores da Europa e da Ásia”, afirmou.

Já o investimento na ferrovia Transnordestina, que conecta o interior do Piauí, “grande área produtora de soja, milho, algodão e minérios”, com o Porto do Pecém, “abre uma possibilidade de escoar essa produção para todo o mundo, principalmente o mercado europeu”, adiantou.

No entender do responsável, a parceria com o Porto de Sines permitirá “agregar cada vez mais valor aos produtos”, integrando “as cadeias produtivas” e impulsionando “o desenvolvimento conjunto, com geração de emprego, negócios e oportunidades”.

Para o Alto Representante da Comissão Europeia, António Vicente, esta parceria permite “aproximar ainda mais a economia brasileira, a economia portuguesa e da União Europeia, e criar novos corredores para o hidrogénio verde, para o aço e bens alimentares e estamos a usar a digitalização para reduzir os custos logísticos”.

O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, também presente na cerimónia considerou que o memorando “está muito alinhado com a visão de crescimento” do actual Governo e de criação “de novas avenidas” marítimas, sendo o Porto de Sines “um hub europeu de excelência”.

O memorando de entendimento visa estabelecer o âmbito, as regras e os princípios orientadores da acção conjunta a desenvolver no sentido de estabelecer e desenvolver corredores logísticos sustentáveis, verdes e digitais de suporte a uma estratégia centrada em três pilares essenciais: “resiliência logística”, “resiliência energética” e “conectividade física e digital”.

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