Incêndio continua activo, mas já está controlado
O incêndio que deflagrou na terça-feira no navio Greta K ao largo do Porto continuava hoje activo, mas controlado, mais de 16 horas depois do alerta, disse a capitania do porto de Leixões, cerca das 07:00.
“Mantém-se tudo igual a ontem à noite [terça-feira]. O navio [que transporta combustível refinado] continua a cerca de 11 milhas da linha de costa [quase 18 quilómetros] e tem dois rebocadores portuários a dar assistência, a manter a posição e a arrefecer as estruturas com jactos de água”, disse à Lusa o comandante do Porto de Leixões.
De acordo com o capitão Silva Rocha, no local e nos rebocadores, cerca das 07:00, mantinham-se o comandante e dois tripulantes para prestar assistência técnica necessária.
“Estamos a aguardar a chegada da Fragata Corte-Real da Marinha para que depois as equipas técnicas façam uma avaliação mais rigorosa sobre o que está a acontecer no navio”, disse.
Segundo a Marinha Portuguesa, o alerta foi dado cerca das 15:30 de terça-feira para o “Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) de Lisboa, da Marinha” para um “incêndio no navio-tanque Greta K, com bandeira de Malta, que se encontrava a navegar a cerca de uma milha e meia de costa, cerca de três quilómetros, junto à praia dos Ingleses, na Foz do Douro, com 19 pessoas a bordo, todas de nacionalidade filipina”.
De acordo com o capitão do Porto de Aveiro, não houve derrame de combustível, mantendo o navio a sua integridade física.
Às 07:00 estavam no local uma embarcação salva-vidas, outra da Polícia Marítima e dois rebocadores portuários.
“Não há feridos a registar. Apenas um dos tripulantes foi levado ao hospital com queixas numa mão”, disse ainda o capitão Silva Rocha.
O navio Greta K, que se incendiou ao largo da Foz do Douro, no Porto, encontrava-se às 17:45, na altura do incidente, a quatro quilómetros da costa, vindo do porto de Sines, de acordo com a aplicação Marine Traffic.
O navio em chamas dirigia-se para o porto de Leixões, em Matosinhos, acrescentou a fonte da Protecção Civil.
Na terça-feira à noite, foram retirados os tripulantes, permanecendo três, e a embarcação estava a ser rebocada para longe da costa, segundo a Marinha Portuguesa.
A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), que tinha a bordo um piloto de barra no apoio ao navio que se dirigia para Leixões, conseguiu rapidamente colocar no local três navios-rebocadores a ajudar no combate ao incêndio. Também o Capitão do Porto do Douro e de Leixões empenhou duas embarcações da Estação Salva-vidas de Leixões, segundo um comunicado da Marinha.
O navio, que tem “a bordo gasóleo e combustível destinado a aviões (jet fuel) e não tem crude”, foi rebocado para uma zona afastada de costa.
Na terça-feira, a Marinha indicou que estava a reforçar o material e as equipas de combate à poluição para a eventualidade de algum foco de poluição, enquanto o Instituto Hidrográfico, da Marinha, também se encontrava a acompanhar a situação para a eventual necessidade de cálculo da deriva, em caso de foco de poluição.