26 Julho 2024, Sexta-feira

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Movimentos realizam acção em Sines para reflectir sobre futuro do Litoral Alentejano

Movimentos realizam acção em Sines para reflectir sobre futuro do Litoral Alentejano

Movimentos realizam acção em Sines para reflectir sobre futuro do Litoral Alentejano

Praia Vasco da Gama recebe, amanhã pelas 15 horas, e apela-se ao uso de “coletes reflectores” para “dar mais visibilidade” à iniciativa

Um colectivo de 20 associações e movimentos activistas realiza este sábado, em Sines, uma acção simbólica de protesto para reflectir com o público do Festival Músicas do Mundo (FMM) sobre o futuro do Litoral Alentejano.

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“Pretendemos fazer uma acção simbólica na praia de Sines para sensibilizar quem está no FMM e a população local para o que está a acontecer na região” do Litoral Alentejano, disse um dos elementos da organização, Bruno Candeias, à agência Lusa.

Durante a acção intitulada “Tirem as mãos do Litoral Alentejano”, os promotores pretendem alertar para “a (falsa) transição energética, o turismo de luxo, a agricultura intensiva, a exploração mineira [e] a exportação de animais vivos”, considerando que esta é “a face de um modelo de exploração ambiental e humana, que é urgente travar”.

“O território de Tróia a Odeceixe está a ser sacrificado em nome de interesses económicos, com graves consequências sociais e ecológicas”, acusaram, em comunicado enviado à Lusa.

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Para esta acção, agendada para as 15 horas, na praia Vasco da Gama, em Sines, os promotores apelam ao uso de “coletes reflectores” para “dar mais visibilidade” à iniciativa e, com isto, “reflectir sobre o futuro do litoral alentejano”.

“Consoante o número de participantes, haverá uma espécie de coreografia simbólica” no areal da praia de Sines, “com o intuito de formar um S.O.S. humano”, explicou o activista Bruno Candeias.

Participam no protesto as associações Jardim do Mira, Monte Alegre, ProtegeAlentejo, ‘Wild Forest Garden’, os movimentos Dunas Livres, GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, Juntos pelo Cercal, Juntos pelo Sudoeste, Minas Não, Movimento Juntos Vamos Salvar os Sobreiros, Regenerativa Cooperativa Integral, Roda Inquieta, Solidariedade Imigrante.

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Também a Plataforma Anti Transporte de Animais Vivos, SOS Rio Mira, Transição São Luís, Comunidade de Tamera, Cinema Fulgor, Empregos para o Clima (grupo de Sines e Litoral Alentejano) e o Sindicato das Indústrias, Energias e Águas de Portugal fazem parte da acção.

Segundo o responsável, “os investimentos turístico-imobiliários na costa de Grândola, que estão a destruir o cordão dunar, a agricultura intensiva em Odemira, a exploração dos imigrantes no trabalho agrícola [e] a falsa transição energética que estão a impor em Sines”, são alguns dos problemas identificados neste território.

A transição energética “traz um conjunto de problemas em áreas adjacentes, como as mega centrais fotovoltaicas no concelho [vizinho] de Santiago do Cacém, além da questão das eólicas que arrasam ecossistemas, com o abate de sobreiros”, enumerou Bruno Candeias.

Também “a possibilidade de explorar minério no litoral alentejano e a exportação de animais vivos através do porto de Sines”, são questões que preocupam os activistas que, durante a iniciativa, querem transmitir ao público do FMM que “esta região tem problemas e que é importante travar esta exploração”, acrescentou.

Segundo o responsável, “as pessoas que quiserem participar nesta iniciativa serão convidadas a fazer uma pequena coreografia que irá culminar com um S.O.S. humano na praia de Sines”.

“A multiculturalidade e a abertura deste festival faz com que o público se reveja neste tipo de causas, o que para nós é importante para reforçar e juntar forças à luta, mas no fundo porque é um momento em que muita gente está em Sines e é necessário fazer este alerta”, defendeu.

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