Jorge Maia: “Quero que Sines seja uma cidade segura onde a população possa viver sem medo de andar na rua”

Jorge Maia: “Quero que Sines seja uma cidade segura onde a população possa viver sem medo de andar na rua”

Jorge Maia: “Quero que Sines seja uma cidade segura onde a população possa viver sem medo de andar na rua”

Candidato do Chega à Câmara de Sines defende que as populações migrantes “é que se têm de integrar” e quer conciliar o crescimento económico com a preservação ambiental

Jorge Maia, candidato do Chega à Câmara Municipal de Sines, tem a segurança como uma das principais prioridades para o futuro do município e destaca que a criação de um ambiente seguro é “essencial” para garantir que os sineenses possam viver e circular pela cidade sem receios.

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Em entrevista a O SETUBALENSE, o candidato realça que a videovigilância é de “extrema importância” para identificar “actos de violência ou de vandalismo”. Para Jorge Maia, a implementação desta tecnologia é uma medida “fundamental” para aumentar a “sensação de segurança e ajudar na resolução de crimes”.

É também sublinhada pelo candidato a importância de garantir que os sineenses, especialmente as gerações mais jovens e as famílias com dificuldades económicas, tenham a oportunidade de viver em Sines a “preços justos e compatíveis com as suas condições”.

Já na área da imigração, Jorge Maia adoptou uma postura firme, afirmando que “as populações migrantes é que se têm de integrar”, defendendo que a adaptação aos hábitos e costumes locais deve ser uma prioridade para quem chega a Sines.

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Além disso, o candidato do Chega pretende alcançar um desenvolvimento sustentável no município, que concilie o crescimento económico com a preservação ambiental. Jorge Maia quer uma cidade mais “dinâmica”, através da aposta em iniciativas culturais, desportivas e no fortalecimento do comércio local, garantindo ainda que o desenvolvimento industrial seja realizado de forma “responsável e atenta aos impactos ambientais”.

O que o levou a aceitar o desafio de se candidatar novamente à presidência da Câmara?

Esta minha candidatura vem no seguimento do convite endereçado pelo partido em que depositavam em mim a confiança para ser novamente candidato às eleições autárquicas, após reflectir sobre o convite decidi aceitar com o objectivo de participar na mudança que é necessário ocorrer tanto a nível nacional como local e com isso tornar um Chega num partido com expressão autárquica, terminado assim com a hegemonia do PS e do PSD a nível nacional e da CDU a nível distrital, por isso aceitei este exigente desafio. Naturalmente e vendo o estado em que estão as coisas no município de Sines, tentar assim aplicar a nossa visão de uma localidade aprazível e próspera, onde a vida deverá ser agradável e segura. Portanto e em suma participar na mudança que é necessário efectuar e melhorar as condições de vida dos sineenses.

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Como descreve a sua visão para o futuro de Sines, e como ela difere das propostas dos outros partidos?

A minha visão para o futuro de Sines passa sempre por ter uma localidade ordenada e segura de forma que os sineenses possam viver tranquilamente sem sobressaltos e sem medo de andar pela rua, uma localidade que se preocupa com os seus cidadãos e promove a sua permanência evitando a sua saída para outros locais, promovendo políticas de habitação de forma que as gerações futuras aqui possam e queiram permanecer fazer a sua vida. Uma localidade onde a preocupação com o meio ambiente é uma realidade, nomeadamente na gestão dos resíduos, na transição energética onde é preciso apostar mais em especial no aproveitamento da energia solar nos edifícios públicos. Uma localidade dinâmica que aposta e incentiva iniciativas culturais e desportivas diversificadas de forma a trazer mais forasteiros a Sines e assim promover o comércio local.

Quais são as suas três maiores prioridades para a Câmara Municipal de Sines, caso seja eleito?

As maiores prioridades são a promoção de habitação acessível aos sineenses, a segurança dos cidadãos e resolução de problemas estruturais que se tem prolongado no tempo, nomeadamente terminar com os esgotos que ainda correm para o mar em certas ocasiões e o crónico problema de fornecimento de água a alguns locais no concelho de Sines.

O que acredita que o Chega pode trazer de novo e diferente em relação à gestão passada?

Nós queremos acima de tudo estar perto do cidadão e juntamente com ele tentar evoluir e resolver problemas, por exemplo: quem percebe de comercio serão os comerciantes, portanto teremos de os ouvir e tentar perceber as necessidades e carências do sector, isto aplica-se a todos os sectores da economia em Sines e também às instituições sejam elas desportivas, humanitárias ou do 3º sector da economia, portanto acima de tudo queremos estar perto do cidadão.

Cada um tem a sua própria visão de futuro e irá aplicá-la da forma que acha a correcta, naturalmente todos os candidatos terão visões diferentes, aquilo que o actual executivo fez está feito, agora naturalmente teremos outra visão para o futuro.

Quais são os maiores desafios que o município enfrenta actualmente, e como pretende abordá-los de forma eficaz?

Penso que o município enfrenta alguns desafios exigentes nomeadamente o crescimento do investimento industrial que tem sido anunciado, em especial a fabrica de baterias a ser aqui instalada, e que naturalmente será um chamariz de mais gente ao concelho, exigindo assim mais infra-estruturas que possam dar uma resposta eficaz, naturalmente a habitação será aqui um problema, embora nesta altura exista mais construção vamos ser se dará resposta à procura, mas penso que as empresas que aqui se pretendem instalar poderiam ser parte da resolução do problema criando elas próprias bairros para os seus trabalhadores, à semelhança do que foi feito no passado, naturalmente com um conjunto de regras exigentes a negociar.

O que propõe para melhorar a segurança no concelho?

Já foi dito por nós nas últimas autárquicas e diremos novamente que a videovigilância é de extrema importância para identificar actos de violência ou de vandalismo, permite identificar pessoas e identificar o momento em que um acto ilícito, seja ele vandalismo ou crime, esteja a ser efectuado, portanto defenderemos sempre a videovigilância, é para nós essencial.

A nível de protecção civil, pensamos que é necessário olhar para a estrutura de Bombeiros locais e analisar se não seria já altura de profissionalizar os serviços, dignificando assim a carreira de bombeiro, acho que se deveria pensar nisso a sério porque já peca por tardio.

Como se pode garantir uma integração equilibrada e ordenada da população imigrante em Sines?

As populações migrantes é que se tem de integrar, não somos nós que os temos de integrar, são eles vêm para a nossa terra por isso tem de se habituar aos nossos hábitos, costumes, forma de se comportar, de vestir, etc, quem se sentir mal que regresse aos seus locais de origem. Não aceito que sejamos nós a ter de os integrar, eles sabem bem que temos hábitos e costumes diferente por isso tem de os observar e respeitar, quanto a isto está tudo dito.

Que propostas tem para melhorar a oferta de habitação?

Sempre pensando nos sineenses, pois são eles que deverão estar em primeiro lugar, penso que a criação de cooperativas de habitação seria uma boa opção de forma a possibilitar a compra de casas a preços controlados ou pelo menos acessíveis, e assim permitir que os jovens sineenses aqui permaneçam e aqui façam a sua vida. Acho a criação de cooperativas uma solução interessante para dar resposta a este problema.

Qual a melhor forma de incentivar o desenvolvimento sustentável de Sines?

Uma comunidade prospera e evoluída deverá pautar-se por consegui equilibrar e integrar o bem estar com a evolução, algo que nem sempre é fácil e nem sempre é possível, todos os processos industriais tem a sua cota parte de poluição e produção de resíduos, por isso acho que acima de tudo deverá haver um acompanhamento por parte da Câmara municipal dos processos industriais a decorrer no concelho de forma a poder actuar em conformidade sempre que algo perturbe ou possa perturbar a comunidade, tanto em relação às industrias existentes como aquelas que se possam vir a instalar em breve, dando aqui especial atenção aos recursos marinhos, sabendo de antemão a importância da pesca na nossa comunidade nomeadamente na nossa gastronomia. A Câmara Municipal não tem, como é compreensível, influência na execução dos processos industriais, aquilo que poderá fazer será sempre manter-se atenta às actividades e com isso poder alertar sempre que o bem estar da população esteja em risco.

Como planeia aproveitar o potencial económico para criar mais empregos e apoiar o desenvolvimento de novos negócios?

Uma forma de incentivar a criação de novos negócios em Sines passará, no meu entender, na divulgação do potencial da região em feiras e sertãs nacionais e alguns internacionais, de forma a poder atrair pequenas e médias empresas a instalarem-se na área e a poderem aproveitar os recursos aqui existentes, nomeadamente os activos produzidos pelas grandes empresas da área, uma zona industrial em que as saídas de produtos de uns pudessem ser as entradas ou matérias primas de outros, seria realmente perfeito evitando assim despesas desnecessárias de transporte e até mesmo permitindo o consumo de resíduos transformados em matéria prima. A existência de uma instalação portuária desta dimensão é já só por si um atractivo importante. Naturalmente essa divulgação do potencial da região terá outros actores que não só a Câmara Municipal, mas cabe à edilidade a responsabilidade depois de ter capacidade de infra-estruturas locais de forma a receber mais gente.

Como planeia aproximar o município dos cidadãos?

Como já referi anteriormente a proximidade da Câmara e do cidadão é muito importante, temos de ouvir as pessoas e os sectores para percebermos as dificuldades e as carências e posteriormente actuarmos em conformidade, será essa a nossa forma de aproximarmos os cidadãos, mas há aqui algo que tem que ser referido, trabalharemos sempre em prol do interesse colectivo e nunca do individual, isso que fique bem claro, primeiro os sineenses, esse são a nossa força e a nossa motivação.

Que medidas pretende implementar para melhorar a qualidade de vida das pessoas?

De forma a melhorar a qualidade vida dos cidadãos em Sines, e a nível da localidade, pretendo restaurar a gloria antiga dos nossos jardins, que estão uma lástima, devolver o brilho às ruas esburacadas, desenvolver um plano turístico digno desse nome, de forma a atrair pessoas a Sines, dinamizar a oferta de actividades culturais e desportivas todo o ano, bem como algumas feiras temáticas e exposições, mais gente significa dinamizar o comércio tradicional, que me parece estar em declino, não podemos ter só hipermercados e deixar o pequeno comércio ir fechando aos pouco dentro da localidade, enfim há tanta coisa que pensamos ser importante que é difícil de enumerar tudo aqui.

A nível financeiro não queria deixar de referir que nós defendemos a extinção do IMI, é algo que está na nossa agenda, e que pode ajudar os Sineenses na redução da sua factura mensal, bem como a redução ou isenção de algumas tarifas para quem preste trabalho voluntário, nomeadamente bombeiros voluntários, tudo isto são ideias e propostas que tem de ser estudadas e validadas de forma a serem sustentáveis, mas que serão para nós uma realidade.

Que legado pretende deixar, caso seja eleito?

Em caso de vitória e após terminar o mandato apenas pretendo que olhem para o nosso trabalho como o trabalho de alguém que se preocupou com as pessoas, com a melhorias das condições de vida na localidade e que nunca prejudicou o colectivo em prol de interesses particulares colocando sempre à frente a comunidade, alguém que sempre defendeu os património cultural e histórico do nosso povo, apenas isso.

Que mensagem gostaria de deixar aos cidadãos de Sines, e o que podem de si durante a campanha?

Durante a campanha podem esperar de mim a proximidade das pessoas comuns e das instituições e que colocarei os sineenses sempre em primeiro lugar, defenderei sempre o nosso povo, a nossa cultura e os nossos costumes, os outros terão de esperar.

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