Investigadores vão debater história portuária de Sines e escravatura

Investigadores vão debater história portuária de Sines e escravatura

Investigadores vão debater história portuária de Sines e escravatura

Colóquio vai juntar especialistas portugueses e internacionais entre 7 e 9 de Setembro. Durante o evento serão apresentados os resultados de vários projectos de investigação em curso, sobre rotas marítimas e comércio intercontinental

Vários investigadores portugueses e estrangeiros vão participar no colóquio “Sines, o Porto e o Mar. História e Património” a ter lugar no Centro de Artes local entre 7 e 9 de Setembro. João Paulo Oliveira e Costa, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, Onésimo Teotónio de Almeida, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos da América, e Amélia Polónia, da Universidade do Porto, são alguns dos nomes que integram o painel de participantes no evento científico, promovido pela Câmara Municipal de Sines.

De acordo com a autarquia, durante a iniciativa “serão apresentados os resultados dos vários projectos de investigação em curso no que respeita aos temas das rotas marítimas e comércio intercontinental, o património portuário português e a problemática da escravatura”. O Porto de Sines e a história social do concelho também vão estar em destaque.

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A edilidade destaca a apresentação, no dia 8 de Setembro, de duas obras historiográficas que renovam a história local: “Sines na Idade Média”, da autoria de Maria Alegria Fernandes Marques, e “Sines, a Terra e o Mar”, da autoria de Paula Pereira e Sandra Patrício.

No piso 0 do Arquivo Municipal, no Centro de Artes de Sines, estará patente a exposição “Os Africanos em Portugal: História e Memória (XV – XXI)”, da autoria de Isabel Castro Henriques, com organização do Comité Português do Projecto UNESCO “A Rota do Escravo” e da Comissão Nacional da UNESCO. “A presença africana em Sines será recordada também através de uma pequena mostra integrada na exposição”, realça a autarquia.

O evento terá como parceiros a Administração do Porto de Sines e Algarve (APS), a Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, a Direcção Regional de Cultura do Alentejo, o Centro de História da Universidade de Lisboa, o Centro de História d’Aquém e d’Além Mar (CHAM) da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores, o Centro de Interdisciplinar de História, Cultura e Sociedades (CIDEHUS) da Universidade de Évora, o Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória (CITCEM) da Universidade do Porto, Centro de Estudos da População da Economia e Sociedade (CEPESE) e a Escola Secundária Poeta Al Berto (Sines).

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PROGRAMA

Quinta, 7 de setembro de 2017

Auditório do Centro de Artes de Sines

09h30: Abertura do colóquio, por representantes da Câmara Municipal de Sines e Administração do Porto de Sines

Sessão de abertura: Vasco da Gama

10h00: “A fama de Vasco da Gama”, por João Paulo Oliveira e Costa

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10h30: “O suposto equívoco de Vasco da Gama e a sua tripulação ao encontro de cristãos na Índia – Uma revisitação carregada de perguntas”, por Onésimo Almeida

11h00: Coffee Break

Tema: Porto de Sines na história

Painel: Moderação por Luís Arroz e por António Quaresma

11h20: “O Porto de Sines em Época Romana: Um enclave costeiro na fachada atlântica da Lusitânia”, por Sónia Bombico

11h50: “A Necrópole S. Salvador, Sines: dados bioarqueológicos”, por Paula Alves Pereira e Sónia Ferro

13h00: Almoço

14h30: “A Ordem de Santiago e a expansão: a presença da milícia na vila de Sines e o papel de ambas na diáspora portuguesa de Quatrocentos e Quinhentos”, por João Costa

15h00: “Frei Paulino da Apresentação. Um siniense no espaço atlântico”, por Ricardo Pereira

15h30: “A terra e o mar nas posturas de Sines (1679-1832)”, por Teresa Fonseca

16h00: Coffee Break

16h30: “Ribeira de Sines de 1601 a 1970 – obras portuárias e atividades económicas”, por António Campos

17h00: “O Porto de Sines como berço da modernidade nos portos portugueses”, por Carlos Oliveira

17h30: “A pesca em três apontamentos – Conhecimento, estratégia, “trauma”, por Luís Sousa Martins

18h00: “A burguesia de Sines entre o porto e o seu hinterland na viragem de Oitocentos”, por João Madeira

18h30: “Los puertos portugueses en la articulación del comercio brasileño (Siglo XVIII)”, por Francisco Zamora Rodríguez

Programação cultural

21h30: Exibição do documentário “Mar de Sines”, com realização de Diogo Vilhena, no auditório do Centro de Artes de Sines

Sexta, 8 de Setembro de 2017

Centro de Artes de Sines
Tema: Navios e rotas marítimas

Painel: Moderação por Maria da Graça Ventura e Filipe Castro

09h00: “Os portos e a marinha mercante portuguesa no último quartel do século XVI”, por Amândio Barros

09h30: “Organização naval à luz das políticas régias (1481-1640). Linhas de tendências”, por Liliana Oliveira

10h00: “Quatro navios do século XVIII na iconografia alentejana”, por Adolfo Silveira

10h30: “Astrolábios e naufrágios”, por Filipe Castro e Alexandre Monteiro

11h00: Coffee Break

11h15: “A Necrópole do Largo da Igreja (Sarilhos Grandes): Evidências Bioarqueológicas de Contato entre Portugal e o Novo Mundo”, por Paula Alves Pereira, Ricardo Miguel Godinho, Luciana Sianto, Sérgio Augusto de Miranda Chaves, Isabel Teixeira-Santos, David Gonçalves, Ana Luísa Santos, Alice Toso, Álvaro M. Monge Calleja, António Pedro Alves de Matos

11h45: “Registros de tripulações e circulação das gentes entre o Reino de Portugal e seus domínios coloniais no século XVIII”, por Jaime Rodrigues

12h15: “Dos sertões de Pernambuco e Angola ao Oceano Atlântico: trânsitos de produtos pelos espaços do Império português (1750-1808)”, por Alexandre Bittencourt Marques

12h45: “A guerra submarina na costa alentejana e algarvia durante a Grande Guerra”, por Augusto Salgado

13h00: Almoço

Tema: Escravatura e tráfico de escravos

Painel: Moderação de Arlindo Caldeira e Francisco Contente Domingues

14h30: “Os portos de entrada dos escravos em Portugal (séculos XV-XVIII) – as exceções e a regra”, por Arlindo Caldeira

15h00: “Escravos na torna-viagem da carreira da Índia (séculos XVI-XVII): elementos para o seu estudo”, por Marco Oliveira

15h30: “Salvador da Bahia, um porto negreiro na América portuguesa (c. 1574 – c. 1822)”, por Cândido Rodrigues

16h00: “Os escravos em Sines na Época Moderna: aspetos demográficos e sociais”, por Jorge Fonseca, Sandra Patrício e Rui Santos

16h30: “Poço dos Negros de Lagos: enquadramento e relevância para a história do tráfico atlântico de escravos em época moderna”, por Miguel Almeida

17h00: Coffee break

17h30: Apresentação das obras Sines na Idade Média: da fundação ao foral manuelino e Sines, a terra e o mar. Ver programa autónomo.

Sábado, 9 de Setembro de 2017

Centro de Artes de Sines
Tema: Escravatura

Painel: Moderação de Arlindo Caldeira e Francisco Contente Domingues

9h30: “Crónica literária e registo arqueológico: usos sociais da memória dos escravos negros em Lago”, Por Elena Moran

10h00: António Peres Carneiro: um sineense em trânsito pelo Atlântico, por Rui Santos e Sandra Patrício.

10h30: Coffee Break

Tema: Património Portuário em Portugal

Painel: Moderação por Amélia Polónia e Onésimo Almeida

10h45: “O porto de Lisboa e a Ribeira Velha (Campo das Cebolas). Resultados preliminares dos estudos portuários no âmbito dos trabalhos de minimização patrimonial”, por Catarina Garcia, Brígida Batista, Cláudia Manso, Ricardo Teixeira, Jorge Freire

11h15: “Navios, cais e rampas: o potencial da arqueologia ribeirinha a partir do caso de Lisboa na época moderna”, por José Bettencourt

11h45: “A fortificação na cidade do Porto na época Moderna”, por Ruben Ribeiro

12h15: “O Porto e a Cidade: Intercâmbios musicais na cidade da Horta no final do século XIX”, por Luís Henriques

Sessão de encerramento

12h45: “A centralidade portuária na Época Moderna. Portos como espaços de interface: o caso português”, por Amélia Polónia

Programação cultural

14h30: Visita à Ilha do Pessegueiro. Sujeita a limite de inscrições e às condições atmosféricas. Custo da inscrição: 10 euros (a pagar no ato da visita) – Nota: As inscrições para a visita à ilha estão esgotadas

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