Formar, educar e empregar são os principais objetivos da primeira edição da InForma, uma mostra que tem como missão dar a conhecer as ofertas formativas existentes na região do Alentejo Litoral.
Helga Nobre
O pavilhão da Academia das Energias, em Sines, transformou-se por estes dias num centro de exposição e de divulgação das ofertas formativas e de emprego existentes na região do Alentejo Litoral.
Dirigido a um público jovem e a adultos à procura de emprego, a InForma, organizada em parceria pelo SinesTecnopolo, Câmara de Sines e Santa Casa da Misericórdia de Sines, tem como objetivo agregar no mesmo espaço um conjunto de entidades formadoras, educadoras e empregadoras.
“Sentimos, no dia a dia, que ainda é necessário fazer um grande trabalho no sentido de cruzar os interesses destas diferentes entidades e, por outro lado, pensamos que é necessário criar alguns hábitos de relacionamento entre estas entidades e o público em geral”, defendeu Mónica de Brito diretora executiva do SinesTecnopolo, durante a inauguração do certame que abriu ao público esta quinta-feira.
O espaço, que está dividido em vários expositores, conta com a presença de um conjunto de entidades que têm em comum a capacidade de desenvolver ferramentas a quem pretende entrar no mercado de trabalho.
Para Mónica de Brito, é necessário estar atento aos novos desafios e este certame pode dar respostas a quem as procura. “As pessoas têm que repensar o seu perfil de competências e investir na sua formação de forma direcionada, porque o mercado de trabalho tem necessidade de outras competências e penso que continua a haver um défice nesse sentido”, sublinhou a responsável que quer, com este evento, alertar para as exigências atuais e futuras do mercado de trabalho. O vice-presidente da Câmara de Sines, Fernando Ramos destacou o envolvimento de todos os agrupamentos de escolas e das escolas profissionais dos concelhos vizinhos numa mostra que procura desenvolver as qualificações de jovens e do público em geral. “O evento está aberto a famílias porque as ofertas dirigem-se também aos pais desses jovens que podem ter interesse em procurar melhorar competências ou até procurar novas qualificações”, sublinhou o autarca.
Para ajudar o público que, durante os dois dias, passar pelo certame, a organização preparou um programa onde não faltarão workshops, apresentações, demonstrações práticas, partilha de casos de sucesso e casos de empreendedorismo e exemplos de profissões emergentes.
Quem participar nos workshops terá a oportunidade de desenvolver competências em áreas como entrevistas de emprego, a procura ativa de emprego, a elaboração de currículos e o empreendedorismo.
“Penso que isso faz falta porque as pessoas julgam que o sucesso está aliado a um conjunto de condições ideais e isso não é verdade e é importante passar a mensagem que o sucesso está ao alcance de todos”, acrescentou Mónica de Brito.
Apesar da dinâmica, a diretora executiva do SinesTecnopolo reconhece que esta mostra “não tem toda a oferta que existe na região” por se tratar da primeira edição. “Este é o primeiro passo e para o ano conseguiremos dar outra dimensão ao evento e teremos outros parceiros para além dos que estão neste pavilhão”, adiantou a responsável que não quis quantificar o público que a organização espera durante os dois dias do evento.
“O nosso objetivo é o Alentejo Litoral em termos de público. Claro que não é fácil mobilizar todas as pessoas mas lançamos o repto às câmaras municipais e às escolas, no sentido de trazerem os alunos. Estas questões levam o seu tempo a despertar o interesse mas podemos ver que poucas horas depois da abertura já temos o pavilhão muito composto e isso é um bom indicador”, admitiu.
Para Luís Venturinha, provedor da Misericórdia de Sines, que coordena há mais de um ano o espaço CLDS 3G Viver+ Sines, trata-se de um evento que “vai ao encontro das necessidades dos jovens mais desfavorecidos” fornecendo “ferramentas que permitam desenvolver competências”.
O certame encerra esta sexta-feira.