30 Junho 2024, Domingo

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Grupo de trabalho avalia futuro do Terminal Multipurpose no Porto de Sines

Grupo de trabalho avalia futuro do Terminal Multipurpose no Porto de Sines

Grupo de trabalho avalia futuro do Terminal Multipurpose no Porto de Sines

Porto de Sines | Fotografia de Carlos Dinis

O Governo determinou a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de estudar, avaliar e propor o enquadramento legal e económico-financeiro da exploração futura do Terminal Multipurpose (TMS) do Porto de Sines (Setúbal).

O despacho que estabelece a constituição deste grupo de trabalho foi publicado hoje em Diário da Republica (DR) e define que, até 31 de maio, deve apresentar o relatório intercalar com uma proposta relativamente ao modelo de exploração daquele terminal, concessionado até 01 de maio do próximo ano.

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Segundo o DR, consultado pela agência Lusa, a nomeação deste grupo visa “assegurar a continuidade da atividade de movimentação portuária neste terminal”, concessionado à PortSines.

E “decidir sobre a solução mais adequada”, tendo em conta que “a desativação das centrais térmicas de Sines e do Pego” e o “desaparecimento do tráfego de carvão afetam substancialmente o modelo de negócio” do terminal, lê-se no documento.

Perante isto, “revela-se necessário decidir sobre a solução mais adequada” face ao “quadro normativo e contratual aplicável, através, nomeadamente, do lançamento de uma nova concessão de serviço público e em que moldes, considerando as metas de eficiência operacional, económica e ambiental do setor portuário nacional”, acrescenta.

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O despacho refere que o relatório final, a submeter a aprovação da tutela, deve demonstrar a verificação de requisitos que “garantam o equilíbrio e sustentabilidade económico-financeira da concessão do Terminal Multipurpose (terminal multiúsos), incluindo a expectativa da concessionária em obter uma remuneração adequada aos montantes investidos, em condições de exploração normais”.

Entre os requisitos está a necessidade de “manter na concessionária a responsabilidade pela obtenção das autorizações, licenças e pareceres administrativos exigidos, de natureza ambiental e urbanísticos, dos quais dependa o desenvolvimento do projeto e minimizar a probabilidade de circunstâncias geradoras ou potenciadoras da obrigação de reposição do equilíbrio financeiro”.

Deve ainda incluir “mecanismos de partilha de benefícios com a entidade concedente face a situações suscetíveis de, durante a vigência do contrato, gerarem um benefício adicional ao contratualizado”, indica.

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“A garantia da maximização do contributo do TMS para a economia da região e do país assentando na possibilidade de movimentação de tráfegos de diversa natureza, contemplando carga geral a granel, cargas de projeto, contentores e outras cargas que sejam compatíveis com os equipamentos existentes ou mobilizáveis para o Terminal” também faz parte dos requisitos.

O grupo de trabalho é constituído por dois membros efeitos e um suplente designados pelo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações e por outros dois membros efetivos e um suplente escolhidos pelo secretário de Estado das Finanças.

Ao grupo de trabalho junta-se ainda um elemento designado pela Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), acrescenta o despacho, referindo que a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes foi convidada a participar nas reuniões do grupo de trabalho “na qualidade de observadora”.

O Terminal Multipurpose do Porto de Sines, vocacionado para a movimentação de granéis sólidos, carga geral e ro-ro (entrada e saída de viaturas), iniciou a sua exploração em 1992, em regime de concessão de serviço público, que vai caducar, pelo decurso do prazo de vigência, a 01 de maio de 2020.

Lusa

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