Governo aposta na melhoria da gestão de água na Zona Industrial de Sines

Governo aposta na melhoria da gestão de água na Zona Industrial de Sines

Governo aposta na melhoria da gestão de água na Zona Industrial de Sines

Despacho conjunto dos três ministérios, que define o modelo de operador único, foi publicado esta sexta-feira em Diário da República

O Governo atribuiu à Águas de Santo André (AdSA), no concelho de Santiago do Cacém, a gestão integrada das várias origens no fornecimento de água urbana e industrial, incluindo salina, na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).

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Num comunicado conjunto, os ministérios do Ambiente e Energia, da Economia e das Infraestruturas e Habitação referem que a AdSA, empresa do Grupo Águas de Portugal, passará a gerir, num “modelo de operador único”, as várias origens de água na ZILS, no distrito de Setúbal.

Deste modo, a empresa que já era concessionária do sistema de abastecimento, saneamento e processamento dos resíduos industriais”, naquela que é considerada a maior zona industrial e logística da Península Ibérica, passará também “a gerir as origens de água não convencionais”.

O despacho conjunto dos três ministérios, que define o modelo de operador único, foi publicado esta sexta-feira em Diário da República com o objectivo de “assegurar um serviço adequado, competitivo e equitativo a todas as indústrias em Sines”, referem.

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Segundo o Governo, a operação “permite gerir de forma integrada e racional as várias origens de água disponíveis (salina, doce e reutilizada) em função das necessidades quantitativas e qualitativas da procura industrial, quer se destinem aos processos de arrefecimento ou de incorporação no processo produtivo”.

“Esta alteração permite reduzir a pressão sobre as origens convencionais, como as águas superficiais e subterrâneas, e garantir um uso mais eficiente e sustentável dos recursos, numa área de escassez hídrica”, sustenta.

O modelo, indica, “poderá ser complementado, em processos de grande exigência por parte dos promotores industriais, com a instalação de pequenas unidades de dessalinização privadas”.

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A operação implica igualmente “a integração no sistema de abastecimento das infraestruturas de captação e rejeição de água do mar da antiga central termoelétrica de Sines” e “a reutilização da água tratada na ETAR [Estação de Tratamento de Águas Residuais] de Ribeira de Moinhos”, explicam os vários ministérios.

Considerando “a nova vaga de investimentos estratégicos na área da transição energética e digital na ZILS”, com “exigências acrescidas em matéria de capacidade para fornecimento de água para uso industrial”, o Governo entende que o novo modelo é “fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável” daquela área e da região envolvente.

O executivo garante ainda estar “comprometido” com o reforço da “competitividade do Porto de Sines”, na “melhoria das acessibilidades ao ‘hinterland’ ibérico”, assim como na promoção de “investimentos estruturantes” para “incremento substancial da capacidade portuária na próxima década”.

Esses compromissos permitirão consolidar Sines como “um ‘hub’ estratégico para a transição energética e industrial verde”, acrescenta.

“A modernização da gestão da água integrada é essencial para [a] atração de novas indústrias nos setores da economia circular, hidrogénio, combustíveis verdes e produção de aço verde ligados ao Porto de Sines”, garantindo “crescimento económico, inovação e criação de emprego qualificado”, lê-se na nota.

A Águas de Santo André tem por missão gerir e explorar o Sistema de Santo André, assegurando o abastecimento de água às populações dos concelhos de Sines e Santiago do Cacém, assim como a recolha e tratamento das águas residuais.

Dá ainda resposta às exigências das indústrias localizadas na ZILS, no abastecimento de água potável, água industrial, água residual e resíduos industriais.

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