Sistema vai permitir acompanhar em tempo real processamento de dados em grande escala
A Start Campus, empresa responsável pela criação do Projecto Sines 4.0, assinou um acordo com a Kyndryl, maior fornecedor mundial de serviços de infra-estruturas de Tecnologia da Informação (TI), para que esta conceda os seus serviços neste âmbito e em redes de dados.
“A monitorização constante e abrangente de todo o ecossistema de dados desempenha um papel fundamental na manutenção da integridade, disponibilidade e segurança dos ambientes críticos, contribuindo para a eficiência e o sucesso das operações do Projecto SINES 4.0, um dos maiores megacentros em hiper-escala da Europa”. Palavras de Afonso Salema, director-executivo da Start Campus, citado em nota de Imprensa, que mostra ainda a importância crescente da ciber-segurança no seio do projecto.
“Esta parceria com a Kyndryl, que muito nos orgulha, coloca o nosso projecto na liderança em termos de segurança num tempo em que a ciber-segurança atinge uma importância crítica e central”.
O controlo, que será feito por parte da empresa que serve mais de 60 países, vai permitir “acompanhar em tempo real o funcionamento desses ambientes essenciais e críticos para o processamento de dados em grande escala”, como explica o comunicado enviado à redacção de O SETUBALENSE. “Dessa forma, será possível identificar irregularidades, falhas ou ameaças de segurança, visando a protecção e o funcionamento dos sistemas de TI/OT no campus”.
O Projecto SINES 4.0 está em desenvolvimento e pretende ser um campus de centros de dados Hyperscaler com uma capacidade até 495 MW, em Sines. Um investimento de 3.5 milhões de euros que se reflecte posteriormente na criação de cerca de 1200 postos de trabalho directos e outros 8 mil indirectos.
Estrategicamente localizado este será “um dos maiores campus de centros de dados da Europa”, para dar resposta ao crescimento das empresas internacionais do ramo da tecnologia. Terá 100% de energia verde e “beneficiará de todas as vantagens estratégicas como sistemas de refrigeração com água do mar, acesso à rede eléctrica de alta tensão, conectividade através da ligação a redes de alta capacidade internacional de cabos de fibra óptica com a América do Norte, África e América do Sul”.
