Bloco de Esquerda questiona possibilidade de reverter decisão de abate de 1800 sobreiros em Sines

Bloco de Esquerda questiona possibilidade de reverter decisão de abate de 1800 sobreiros em Sines

Bloco de Esquerda questiona possibilidade de reverter decisão de abate de 1800 sobreiros em Sines

Bloquistas sineenses dizem que a população devia ter sido envolvida na decisão do Ministério do Ambiente

 

O Bloco de Esquerda critica o Governo por não ter envolvido a população na decisão de abater 1821 sobreiros em Sines para instalação de uma central eólica e questiona sobre a possibilidade de a autorização ser revista.

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“A população, que não foi envolvida na discussão, considera que a defesa do ambiente não está a ser acautelada” e “destaca, através de uma petição contra este abate, a importância desta espécie ‘na manutenção do ecossistema local’”, sublinha o Bloco de Esquerda (BE) num requerimento enviado na terça-feira ao Ministério do Ambiente.

No documento, o grupo parlamentar do BE questiona o Governo sobre os estudos que estiveram na base da decisão do Ministério do Ambiente de “considerar que a construção do Parque Eólico de Morgavel e da linha eléctrica a 400 quilovolts de interligação à subestação de Sines são imprescindíveis, não havendo alternativas de localização”, e pergunta também o executivo sobre a disponibilidade de “rever a autorização do abate de 1.821 sobreiros em Sines e em Santiago do Cacém”.

Os deputados lembram que o Ministério do Ambiente autorizou a EDP, através de despacho de 1 de Agosto, a realizar “o abate de 1.821 sobreiros que radicam numa área de 32,22 hectares de povoamento, localizados nas freguesias de Sines e Porto Covo e na União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém”.

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O despacho de autorização, obrigatório por se tratar de árvores sob protecção legal, justifica a decisão com a “imprescindível utilidade pública do Parque Eólico de Morgavel e da linha eléctrica a 400 quilovolts de interligação à subestação de Sines”, mas os ambientalistas não concordam, refere o BE.

“Activistas ambientais locais consideram que o interesse da EDP está a ser colocado acima do bem-estar da população e da protecção do ambiente” e “afirmam que a plantação de árvores noutra área aparece como uma ‘compensação’ que não substitui a perda imediata dos sobreiros adultos”, adianta o partido no documento enviado ao parlamento.

O requerimento – assinado pela coordenadora do partido, Joana Mortágua, e pelo líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares – pergunta ainda ao Governo que “medidas irá o Ministério do Ambiente e da Acção Climática implementar para envolver a população nas decisões relativas ao projecto de construção” do parque eólico.

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