28 Abril 2024, Domingo
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Bloco de Esquerda questiona possibilidade de reverter decisão de abate de 1800 sobreiros em Sines

Bloquistas sineenses dizem que a população devia ter sido envolvida na decisão do Ministério do Ambiente

 

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O Bloco de Esquerda critica o Governo por não ter envolvido a população na decisão de abater 1821 sobreiros em Sines para instalação de uma central eólica e questiona sobre a possibilidade de a autorização ser revista.

“A população, que não foi envolvida na discussão, considera que a defesa do ambiente não está a ser acautelada” e “destaca, através de uma petição contra este abate, a importância desta espécie ‘na manutenção do ecossistema local’”, sublinha o Bloco de Esquerda (BE) num requerimento enviado na terça-feira ao Ministério do Ambiente.

No documento, o grupo parlamentar do BE questiona o Governo sobre os estudos que estiveram na base da decisão do Ministério do Ambiente de “considerar que a construção do Parque Eólico de Morgavel e da linha eléctrica a 400 quilovolts de interligação à subestação de Sines são imprescindíveis, não havendo alternativas de localização”, e pergunta também o executivo sobre a disponibilidade de “rever a autorização do abate de 1.821 sobreiros em Sines e em Santiago do Cacém”.

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Os deputados lembram que o Ministério do Ambiente autorizou a EDP, através de despacho de 1 de Agosto, a realizar “o abate de 1.821 sobreiros que radicam numa área de 32,22 hectares de povoamento, localizados nas freguesias de Sines e Porto Covo e na União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém”.

O despacho de autorização, obrigatório por se tratar de árvores sob protecção legal, justifica a decisão com a “imprescindível utilidade pública do Parque Eólico de Morgavel e da linha eléctrica a 400 quilovolts de interligação à subestação de Sines”, mas os ambientalistas não concordam, refere o BE.

“Activistas ambientais locais consideram que o interesse da EDP está a ser colocado acima do bem-estar da população e da protecção do ambiente” e “afirmam que a plantação de árvores noutra área aparece como uma ‘compensação’ que não substitui a perda imediata dos sobreiros adultos”, adianta o partido no documento enviado ao parlamento.

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O requerimento – assinado pela coordenadora do partido, Joana Mortágua, e pelo líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares – pergunta ainda ao Governo que “medidas irá o Ministério do Ambiente e da Acção Climática implementar para envolver a população nas decisões relativas ao projecto de construção” do parque eólico.

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