Vereação diz ser urgente resolver situação dos estivadores do Porto de Setúbal

Vereação diz ser urgente resolver situação dos estivadores do Porto de Setúbal

Vereação diz ser urgente resolver situação dos estivadores do Porto de Setúbal

PORTO DE SETÚBAL. A infra-estrutura portuária tem um peso significativo na economia da região

O protesto dos estivadores de Porto de Setúbal por estarem sujeitos a um processo contratual que não lhes dá direitos, e a saúde económica local e regional resultante da paragem de operações de descarga motivou o PSD a pedir novo olhar sobre a lei

 

 

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O PSD quer ver clarificada a situação dos estivadores no Porto de Setúbal e expressou essa posição na última reunião de Câmara de Setúbal através de uma moção apresentada pelo vereador Nuno Carvalho. O texto do documento que mereceu o apoio do PS e CDU, alude à situação relatada por estes trabalhadores de terem “contrato por turno, o que origina a realização de dezenas, ou em certos casos centenas de contratos entre um único trabalhador e uma única entidade patronal”.

Sendo todos os dias contratados e todos os dias despedidos, “perdem direitos tais como subsídio de férias, subsídio de natal, período de férias, baixa médica”. A moção refere ainda que este enrolamento no Porto de Setúbal é “uma prática com mais de 5 anos – existindo relatos de casos com 20 anos”.

O apoio dado por todo executivo camarário a esta moção reflecte-se no conteúdo da mesma que cita ser “importante perceber o contexto que conduziu a esta situação, ou seja, se se trata de uma imperfeição da lei ou de um eventual incumprimento da lei”. Assim, seja qual for a situação dos estivadores, estes “merecem ver reconhecidos direitos que hoje se entendem como normais e comuns a todos, seja pelo cumprimento da lei ou se necessário pela sua alteração”.

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Para além da situação específica dos trabalhadores da estiva, a moção alerta que a “criação e manutenção de postos de trabalho são indicadores que ajudam analisar o efeito benéfico de qualquer actividade económica”, no caso do Porto de Setúbal, “é reconhecida a importância económica dos operadores” que operam nesta infraestrutura, pelo que tem de ser considerada a sua “sustentabilidade”.

O documento apresentado à Câmara por Nuno Carvalho dá conta de que no passado as entidades patronais e estivadores “divergiram sobre condições contratuais”, contudo “dentro desta situação existe a especificidade de cada porto marítimo e naturalmente interessa abordar a realidade que ocorre no concelho de Setúbal”. Dai “não ser benéfico para a economia local e nacional a existência de postos de trabalho onde situações de excepção na contratação se tornem situações de regra”.

A moção termina exaltando “urgência na resolução deste problema impõe-se pela forma como uma parte significativa do tecido económico da região Setúbal está a ser afectado com especial incidência na indústria exportadora que utiliza o Porto de Setúbal”.

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