Ventos horríveis provocam danos consideráveis nos concelhos da Península de Setúbal 

Ventos horríveis provocam danos consideráveis nos concelhos da Península de Setúbal 

Ventos horríveis provocam danos consideráveis nos concelhos da Península de Setúbal 

O concelho de Almada foi o mais afectado pela depressão Martinho na Península de Setúbal

Segundo a Protecção Civil, os concelhos de Almada e Seixal foram os mais afectados com a turbulência da tempestade

Entre as 00h00 e as 14h20 de hoje, 20 de Março, a depressão Martinho tinha provocado na Península de Setúbal 774 ocorrências, tendo sido os concelhos de Almada e do Seixal os mais afectados com 250 ocorrências efectivas e 123, respectivamente, disse o Comando Sub-regional da Península de Setúbal a O SETUBALENSE.

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Segundo este organismo da Protecção Civil, a maioria dos registos estão relacionados com quedas de árvores e algumas estruturas de edifícios e telhados, além de painéis publicitários. Apesar dos muitos estragos, não havia vidas humanas a lamentar.  

Inês de Medeiros, presidente da Câmara e Almada, em comunicação através da rede Facebook, falava em mais de 250 ocorrências em todo o concelho, sendo as localidades mais afectadas a Costa da Caparica, Trafaria e Charneca.

Cerca de 10 escolas tiveram de ser fechadas devido à queda de árvores.

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Logo de manhã no terreno a acompanhar os serviços municipais relacionados com a Protecção Civil, a autarca apontava que o maior número de casos foram “quedas de árvores e chapas metálicas e danos nas redes eléctricas e telecomunicações provocados por estas quedas e danos em alguns edifícios”. Dizia ainda que a normalidade, apesar de demorada, estava a ser reposta.

Em nota de Imprensa, a Câmara do Seixal refere que no concelho foram registadas “quedas de árvores em espaço público, mas também em espaços privados, sendo que que os danos materiais existentes “não se encontram ainda totalmente contabilizados”. A queda de árvores provocou estragos nas linhas de abastecimento de água e de electricidade, e houve também necessidade de efectuar cortes de trânsito. Foram ainda registados danos nas coberturas de duas escolas, que se encontram actualmente encerradas, e queda de painéis publicitários, que complicaram a circulação rodoviária.

Às 2h20, os comboios da Fertagus tiveram de parar devido às condições meteorológicas adversas com ventos superiores a 90 quilómetros por hora, tendo sido a circulação retomada pouco depois da 5h00 embora bastante condicionada. Só foi normalizada às 13h00.

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O concelho do Barreiro foi o terceiro com maior número de ocorrências relacionadas com a depressão Martinho, registando 69 situações, segundo o município, foram registados danos em carros e em telhados.

No concelho de Setúbal, o maior número de registos provocados pelas rajadas de vento foram também quedas de árvores e algumas viaturas danificas pela queda das mesmas. Na Doca dos Pescadores viveram-se situações difíceis com os barcos a baterem uns nos outros sendo que uma embarcação de turismo se virou por ter perdido as amarras e, durante a tarde, corria o risco de se afundar.

Também através da rede social Facebook, o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, dava nota que, durante a noite, os bombeiros, Protecção Civil e outros serviços municipais “receberam 153 chamadas relacionadas com ocorrências”, as quais subiram para 166 até às 16h00.

Devido à queda de uma árvore, o Cemitério de Nossa Senhora da Piedade foi encerrado temporariamente por razões de segurança, e “será reaberto logo que estiverem reunidas as condições de segurança para os utilizadores e após a realização dos trabalhos de limpeza necessários ao normal funcionamento”, refere a autarquia.

No concelho do Montijo quatro pessoas tiveram de ser deslocadas depois de o telhado da sua habitação ter sido arrancado pelo vento.

“Foram momentos e horas difíceis para o concelho da Moita e para o País”, afirma o presidente da Câmara da Moita, Carlos Albino, no Facebook. “A tempestade Martinho deixou marcas, mas também mostrou a força da nossa comunidade”.

Em Palmela, o presidente da Câmara Municipal, Álvaro Amaro, através da mesma rede social, falava de uma “noite difícil”. E complicada foi no Parque de Campismo de Pinhal Novo onde residem cerca de 50 pessoas em permanência, que tiveram de ser retiradas durante a madrugada devido à queda de árvores. 

No concelho de Alcochete as chuvas e os ventos ciclónicos causaram fortes perturbações em Alcochete, em São Francisco e no Samouco. Em várias ruas e estradas do concelho, e mesmo dentro da vila, houve quedas de árvores, estruturas, sinalética, toldos de superfícies comerciais e vários danos materiais.

A queda de árvores esteve também no maior número de ocorrências registadas no concelho de Sesimbra obrigando à permanência, durante toda a noite e dia de hoje, de equipas da Protecção Civil. “As ocorrências são muitas”, dava nota Francisco Jesus, que apontava como prioridade de intervenção a “desobstrução de estradas e também equipamentos de utilização colectivos”.

O autarca referiu ainda ter existido um problema na Central de Bombagem de Água da Apostiça, que “obrigou a encerrar o fornecimento de água por algum tempo para reparação sistema de bombagem e captação. A reposição de normalidade vai demorar alguns dias”.

O mau tempo provocou ainda uma falha de energia que impede o abastecimento do depósito de água do Casalão e poderá originar cortes de água na Vila de Sesimbra e em algumas zonas da freguesia do Castelo.

Em várias localidades da Península de Setúbal, a depressão Martinho provou danos em campos desportivos de clubes.

A Península de Setúbal tem nove concelhos na sua extensão: Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.

O mau tempo registado no continente português, com a passagem da depressão Martinho, causou cerca de seis mil ocorrências e 15 desalojados, de acordo com o mais recente balanço da Protecção Civil, que reconhece tratar-se de um número “acima da média”.

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