Um ano de desaparecimento: Filha de João Marinho não aceita arquivamento de investigação criminal

Um ano de desaparecimento: Filha de João Marinho não aceita arquivamento de investigação criminal

Um ano de desaparecimento: Filha de João Marinho não aceita arquivamento de investigação criminal

Sara Marinho vai questionar autoridades sobre actuação solitária da GNR durante as buscas

 

O desaparecimento João Marinho continua sem respostas mas a filha, Sara Marinho, defende que a procura não cessou. Um ano depois do desaparecimento em Brejos de Azeitão, Sara Marinho garante que o pai “nunca será esquecido” e vai questionar as autoridades sobre as buscas realizadas. Entretanto, a Polícia Judiciária (PJ) já afastou a hipótese de crime e propôs ao Ministério Público (MP) o arquivamento da investigação criminal.

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Sara Marinho sempre defendeu as hipóteses de crime ou acidente no desaparecimento do pai, embora a PJ tenha afastado desde o início a primeira. A filha do septuagenário comenta que as autoridades “concluíram que não há indícios de crime, motivo pelo qual o caso passará agora só para os desaparecimentos”.

Uma resolução que Sara Marinho contesta e afirma que voltará a questionar a autoridades sobre “como foram feitas as buscas por parte da GNR” e “solicitar ajuda do departamento de desaparecidos”.

As dúvidas em torno da acção da GNR persistem porque o Posto de Comando Territorial de Azeitão “tem poucos efectivos, não tendo sido envolvidas outras autoridades”. Por isso, alega que outras diligências deveriam ter sido tomadas. “Mas não presenciamos um grande envolvimento das autoridades” e, depois, “o tribunal refugiou-se no segredo de justiça para não prestar informações”.

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Um parecer que Sara Marinho mantém desde o início do caso. Em 2019, também referiu a O SETUBALENSE que “as buscas deveriam ter sido imediatas” e que a actuação da GNR no terreno “só veio a a acontecer segunda-feira [dia 10 de Junho] da parte da tarde”.

Na época, Sara Marinho considerou que as autoridades deveriam repensar a actuação em casos como este, porque a lei diz que o auto de desaparecimento só pode ser formalizado após 48h00. “E nesse tempo, pode acontecer muita coisa. É preciso que as autoridades revejam a actuação em casos de desaparecidos”.

 

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Prima foi última pessoa a falar com João Marinho

 

João Ribeiro Pereira Marinho foi visto pela última vez em Brejos de Azeitão, na manhã de 9 de Junho de 2019.

Pelas 9h00 saiu de casa ao encontro de um grupo com o qual faz caminhadas. Nesse dia saiu mais tarde de casa e desencontrou-se do primo, que participa na mesma actividade.

Segundo a família deixou óculos e telemóvel em casa, assim como o cartão multibanco, mas teria algum dinheiro em espécie consigo. Vestia pólo e calções azuis-escuros e calçava mocassins beges.

A esposa do primo foi a última pessoa a ver João Marinho. Disse-lhe que o marido já tinha saído para caminhada e indicou o percurso que o grupo seguia, ao longo da Estrada Nacional 10.

Pelo final da manhã a família questionou a demora de João Marinho, porque habitualmente pelas 11h00 já estava a regressar a casa. Foi lançado o alerta entre vizinhos e amigos e começou a procura  nas imediações.

Seguiu-se o contacto com hospitais e a denúncia sobre potencial desaparecimento no Posto Territorial da Guarda Nacional Republicana, em Azeitão.

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