26 Junho 2024, Quarta-feira

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Trabalhadores da Lauak em concentração para exigir melhores condições de saúde e segurança

Trabalhadores da Lauak em concentração para exigir melhores condições de saúde e segurança

Trabalhadores da Lauak em concentração para exigir melhores condições de saúde e segurança

Sindicato explica que negociações ficam “aquém” das exigências feitas há meses

 

A falta de condições de trabalho em matéria de Saúde e Segurança no Trabalho levaram a que dezenas de trabalhadores da Lauak, empresa do sector aeronáutico que na região conta com duas fábricas, em Setúbal e Grândola, se concentrassem na manhã de ontem no jardim do Quebedo para mostrar descontentamento face às queixas, que já se arrastam há meses.

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“Este conjunto de trabalhadores está aqui porque em plenário aprovámos um caderno reivindicativo com questões a nível salarial e a nível de higiene e segurança no trabalho. Ambos foram entregues à administração e esta disponibilizou-se para, pelo menos, discutir as questões salariais e apesar de ter ficado muito aquém, o que é certo é que para as questões a nível da higiene e segurança no trabalho nem sequer agendou reuniões, e ignorou qualquer discussão sobre essas matérias. Os trabalhadores estão aqui para assinalar essas questões e vamos levá-las ao Autoridade das Condições do Trabalho (ACT) porque implicam a saúde dos trabalhadores”, palavras de Pedro Soares, da comissão sindical da empresa, a O SETUBALENSE.

O sindicalista afirma que os trabalhadores não estão dispostos a negociar as condições de segurança durante o horário laboral, que dizem ser poucas, e admite que a empresa “tem um índice elevado de alguns acidentes de trabalho, alguns graves e com produtos químicos, acidentes que levam as pessoas a ficaram de baixa – algumas delas prolongadas”.

Ao nível dos aumentos salariais, e do subsídio de alimentação, também não parece haver entendimento entre o sindicato e a empresa, como explica Pedro Soares.

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“Ficámos muito aquém nesse âmbito [salários], posso dizer que a perda de poder de compra na empresa – agora com os estágios de inflação elevadíssimas – desde o ano passado a empresa ficou muito aquém ao longo de praticamente toda a tabela. Está aquém a nível, por exemplo, do subsídio de refeição, porque tem o compromisso de fazer o aumento para o máximo isento de imposto que é os 9,60 euros e a empresa fez uma actualização de 50 cêntimos, que é ridículo, tendo em conta os custos a nível alimentar que as pessoas estão sujeitas”.

Numa concentração que seguiu depois para as instalações do ACT, também houve representação da União de Sindicatos de Setúbal (CGTP-IN), na pessoa de Luís Leitão, que mostrou estar ao lado dos trabalhadores que saíram à rua para falar em “questões que se prendem com o aumento de salário numa empresa que tem milhões, na qual a revindicação são os 15% – que são 150 euros no mínimo”.

“Os trabalhadores decidiram hoje em plenário virem dizer a Setúbal o que é que está a se passar, a questão das poeiras, a questão das pinturas, todas as questões de segurança e saúde que estão na Lauak e que estão em causa também, para além do aumento do salário”.

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