26 Junho 2024, Quarta-feira

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Testemunha diz que assistiu a agressões mortais a pianista

Testemunha diz que assistiu a agressões mortais a pianista

Testemunha diz que assistiu a agressões mortais a pianista

Julgamento do pianista morto prossegue esta quarta-feira no Tribunal de Setúbal

O julgamento da morte de Pedro Abreu, pianista lisboeta no Bairro do Troino às mãos de Nuno Patrício e Ângelo Taia, acusados de torturar até à morte a vítima para lhes dar os códigos do cartão bancário, prosseguiu esta quarta-feira no Tribunal de Setúbal. Lúcia, testemunha do Ministério Público, referiu em tribunal ter estado na casa de Nuno na noite do crime, 21 de Fevereiro de 2023, onde assistiu às agressões pelos dois arguidos.

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A testemunha contou o que viu e deu força à tese da acusação do MP. Disse que houve uma discussão entre Nuno e Pedro e que o Nuno atacou Pedro à pancada e tesourada na cabeça. Com a vítima inanimada, o arguido telefonou a Ângelo, que se dirigiu à sua casa. Os dois acabaram por atacar a vítima à pancada, conseguiram o novo código pin do cartão bancário, e depois amarraram-lhe os pés e braços, deixando-a em agonia trancado na casa de banho, onde morreu sufocada pelo próprio sangue ao longo de quatro dias. Em tribunal, a testemunha referiu ainda que se dirigiu com Ângelo a uma caixa multibanco nessa mesma noite para que este levantasse dinheiro com o cartão de Pedro Abreu.

Cerca de quatro dias depois do crime, com o corpo na casa-de-banho, Nuno comprou um carro, por 1500 euros, para se ver livre deste e na companhia de Ana, sua companheira, e Paulo Rodrigues, outro consumidor de droga que assistiu ao crime, deslocaram-se a um poço na Moita, perto da casa de Ana, onde atiraram o corpo. A 16 de Março, o corpo viria a ser descoberto e pouco depois, o grupo foi detido. Nuno e Ângelo respondem por homicídio qualificado, profanação de cadáver, abuso de cartão e roubo agravado. Ana Gonçalves responde por abuso de cartão e Paulo Rodrigues por profanação de cadáver.

O julgamento acabou e serão agora agendadas as alegações finais e sentença. O principal arguido, Nuno, confessou já o crime, mas negou existir qualquer plano, visto que a vítima lhe rendia mil euros diários pela cocaína que comprava e que tinha acesso às contas bancárias da vítima. Ângelo negou agredir Pedro, apenas atou os pés e as mãos.

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