Vento e mar, raspar das folhas e ramos dão vida a um projecto mostrado ao mundo a 8 de Setembro
As gravações sonoras captadas ao longo de dois meses no Parque Natu ral da Arrábida, em Setúbal, dão agora espaço a uma criação sonora por par te de Carla Santana, que realizou uma “residência artística”, cujo resultado vai ser mostrado na próxima semana.
O projecto “Geomorfia #1.4”, que dá nome ao concerto construído com base nos sons recolhidos, vai ser apresentado ao mundo no próximo dia 8 de Setembro, pelas 22h, no espaço A Gráfica – Centro de Criação Artística, ao que antecede, pelas 18h30, uma conversa com a artista que vai explicar o processo desenvolvido entre os meses de Junho e Julho.
Nos vários locais da serra foram recolhidos “os sons do vento e do mar, do raspar das folhas e ramos e do rolar das pedras movidas pela maré”, segundo detalha a nota de Imprensa enviada pela autarquia sadina à redacção de O SETUBALENSE, para dar agora lugar a uma construção “a partir das sonoridades da natureza”.
Carla Santana “descreve o projecto como uma co-criação com a Serra da Arrábida”. Mais tarde, a 23 de Setembro, está também programado – entre as 10h e as 12h – um passeio sonoro a partir do Portinho da Arrábida, iniciativa que integra também o recente projecto.
O “Geomorfia #1.4” conta com o apoio da Câmara Municipal de Setú bal, com programação à responsabilidade de Vitor Joaquim, dos Encon ros de Música Experimental (EME) e da Minuto Apressado – Associação Cultural (MAAC). Está também integrado no festival EME2023/MAAC.
Como também explica o comunicado a artista trabalha o som nas suas formas mais primárias, texturadas e contemplativas, através de paisagens sonoras com field recordings, captações electroacústicas do som dos mais variados objectos e síntese analógica/digital, compõe para performances de teatro e dança e, entre outras actividades, integra o grupo de música improvisada Lantana”.