Apresentadas também candidaturas por parte de Peso da Régua e Borba, cidade sadina foi a escolhida por “ter as melhores condições”
Por reunir todos “os condimentos” necessários, Setúbal prepara-se para receber entre os dias 5 e 8 de Maio a segunda edição do Concurso Cidades do Vinho, a acontecer nas instalações da Escola de Hotelaria e Turismo.
A decisão foi tomada tendo em conta que a Península de Setúbal é “uma das regiões com maior presença nos concursos a nível nacional e europeu, ao representar entre 30 e 40% dos vinhos a concurso”, destacou José Arruda, secretário-geral da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), na passada quarta-feira, na apresentação do certame, realizada na Casa da Baía.
Contudo, “não foi uma luta fácil, uma vez que haviam três candidaturas fortes: Setúbal, Peso da Régua e Borba”. “Mas de facto a direcção da associação escolheu a candidatura de Setúbal por ter melhores condições e pela ligação da Escola de Hotelaria e Turismo, que é uma parceira fundamental em qualquer concurso”, acrescentou.
A realização do evento na cidade do rio azul, que promete juntar em território setubalense os melhores vinhos do País, resulta, de acordo com André Martins, presidente da Câmara de Setúbal, do facto de a autarquia ter “a plena consciência de que a promoção da oferta enoturística local representa uma importantíssima mais-valia para toda a região”.
“Vamos neste concurso valorizar os vinhos portugueses, mostrar os vinhos de Setúbal e, no que nos diz respeito, continuar a demonstrar que somos uma das mais importantes regiões vitivinícolas do País”, destacou o autarca.
Três dezenas e meia de especialistas avaliam vinhos
Ao longo de quatro dias, o júri composto por 35 especialistas vai avaliar os vinhos a concurso “da maior parte dos produtores nacionais de cerca de cem municípios”, referiu André Martins. O júri será presidido por António Ventura, enólogo com 40 anos de actividade profissional, eleito Personalidade do Ano do Vinho de 2022 pela Revista de Vinhos.
“É uma personalidade muito importante. Honra-nos que seja o presidente do júri”, expressou José Arruda. Já o vice-presidente da AMPV, José Bernardo Nunes, garantiu tratar-se de “um júri que tem provas dadas, credenciadas e é conhecedor”.
“Tenho a esperança de que o concurso irá correr bem. Nos dias em que acontecer, que seja um motivo de regozijo para o concelho de Setúbal”, desejou.
Enquanto isso, Jorge Sampaio, presidente da Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal (ARVP), explicou que o Concurso Cidades do Vinho “é diferente, porque junta não só os vinhos, mas também o território”.
“Também o local não podia ter sido escolhido melhor. É um território incrível, de uma gastronomia incrível e de vinhos fantásticos. Em todos os concursos onde vou, os vinhos de Setúbal são sempre os mais aguardados pelos provadores e os que têm as melhores pontuações”, sublinhou.
Por este motivo, reforça que “estão reunidos todos os condimentos para que no início de Maio aconteça [em Setúbal] um dos melhores concursos de vinhos do País”.
Com o objectivo de “incentivar a participação do maior número possível de vinhos da região de Setúbal”, José Arruda confirmou que a organização tomou a decisão de oferecer inscrições gratuitas para dois vinhos a produtores do concelho e para um vinho a produtores da região.
As inscrições para participação no certame decorrem até dia 18 de Abril, devendo ser feitas através do preenchimento de uma ficha de inscrição, disponível em https:// concursocidadesdovinho.pt/inscricoes/, a qual deve ser remetida para o endereço geral@concursocidadesdovinho.pt.
Entre os dias 13 e 27 de Abril, por sua vez, devem ser entregues pessoalmente ou enviadas por correio, para a Escola de Hotelaria e Turismo, com a morada Avenida Luísa Todi, Baluarte do Cais, n.º 5, 2900-461 Setúbal, as amostras de vinhos. No mês seguinte, entre 5 e 8 de Maio, serão eleitos os melhores néctares do País a concurso.
A edição deste ano do evento é organizada em conjunto pela AMPV, a ARVP, a autarquia sadina e a Escola de Hotelaria e Turismo, com o alto patrocínio da Presidência da República e o apoio institucional do Ministério da Agricultura.
