Setúbal quer plano de acção para resolver problema das inundações estuarinas

Setúbal quer plano de acção para resolver problema das inundações estuarinas

Setúbal quer plano de acção para resolver problema das inundações estuarinas

Câmara Municipal espera apoio da APA para accionar candidaturas europeias existentes para financiamento nesta área

As inundações estuarinas são uma preocupação para a Câmara Municipal de Setúbal que, em busca de uma solução, juntou-se aos Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS), para contactar com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) na procura de se definir um plano de acção destinado à resolução deste problema. A autarquia setubalense espera obter o apoio necessário da APA no accionamento de candidaturas europeias existentes para financiamento nesta área.

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Nesse sentido, realizou-se, junto do Moinho de Maré da Mourisca, na zona mais afectada, uma reunião na qual participou a APA, e envolveu diversos serviços da Câmara Municipal de Setúbal, associados às questões do urbanismo, das obras e das alterações climáticas, além da Protecção Civil.

Juntamente com os SMS, a edilidade setubalense vai enviar uma caracterização do problema à APA, indicando “possíveis soluções técnicas de intervenção a nível hidráulico no sistema urbano, adequando-a à nova realidade resultante desta situação”.

Em nota de Imprensa, a Câmara Municipal de Setúbal explica que, estando “consciente desta realidade”, com a parceira de diversas entidades locais, desencadeou as “acções necessárias” para, junto da Agência Portuguesa do Ambiente, proceder a “uma caracterização da situação actual e, com base nos estudos existentes, a previsões de cenários futuros”.

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Quem também participou neste encontro de avaliação das inundações estuarinas, que foram causadas por uma quantidade excessiva de entrada de água da maré no sistema urbano de pluviais, dimensionado para a recolha e drenagem da chuva, foi a Junta de Freguesia do Sado, os SMS, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Capitania do Porto de Setúbal e a Guarda Nacional Republicana (GNR).

A autarquia sadina aconselha, em comunicado, à “colocação de sacos com areia à porta das habitações, o não estacionamento em zona potencialmente inundável, a não utilização de caves e a colocação de bens em locais elevados, sempre que as previsões sejam de chuva e de maré alta”.

O serviço adverte que a situação pode agravar, como se percebe, caso se conjuguem marés vivas com chuva intensa, pelo que aconselha a adoção das medidas de autoproteção.

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Marés vivas causaram inundações

As marés vivas no rio Sado provocaram pequenas inundações na baixa da cidade de Setúbal e na freguesia do Faralhão no final da passada semana, mas “não se registaram danos relevantes”, disse na sexta-feira o coordenador da Protecção Civil Municipal.

“Desde terça-feira temos assistido à formação de pequenos lençóis de água na Praça do Bocage, houve galgamentos das margens do rio em diversas zonas, designadamente no Parque Urbano de Albarquel, e inundações na estrada da Mitrena e na estrada de Santo Ovídeo, na freguesia do Faralhão”, disse José Luís Bucho, em declarações à Lusa.

Ainda segundo o responsável, as inundações e os galgamentos das margens do rio, provocados pelas marés vivas, ocorrem nos meses de abril e maio e de setembro e outubro.

“Os colectores de águas pluviais não deviam permitir que as águas vindas do rio entrassem na cidade como entram quando há este fenómeno”, acrescentou o responsável da Protecção Civil Municipal.

José Luís Bucho referiu igualmente que, para além dos avisos à população, a Protecção Civil encerrou, temporariamente, a estrada de Santo Ovídeo, no troço entre o Faralhão e o Moinho de Maré da Mourisca, na freguesia do Faralhão, prevendo-se que seja reaberta ao final da tarde de hoje, com o fim das marés vivas.

O coordenador da Proteção Civil Municipal lembrou também que a cidade de Setúbal tem o problema das inundações resolvido a montante, com a bacia de retenção várzea, que acumula a água proveniente da serra de Palmela, mas que ainda não há solução para as inundações provocadas pelas marés vivas.

Questionado pela agência lusa, José Luís Bucho explicou que, para prevenir a entrada de água nas zonas baixas da cidade devido às marés vivas, seria necessário colocar “válvulas de maré” na rede de águas pluviais, admitindo, no entanto, que desconhece o valor do investimento necessário e se o mesmo é viável.

O coordenador da Protecção Civil Municipal de Setúbal lembrou, no entanto, que o maior problema da cidade é quando chove muito durante as marés vivas, porque nessa altura, “com ou sem válvulas de maré, não há escoamento das águas pluviais”. Com LUSA

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