O projeto terá o prazo de execução de um ano e promete melhorar as condições de habitação a dezenas de famílias
O Bairro Afonso Costa está prestes a entrar numa fase importante de renovação habitacional. A câmara municipal, junto da Junta de Freguesia de São Sebastião, reuniu-se com os moradores para explicar o plano que vai reabilitar 36 edifícios e 308 fogos, no âmbito da Estratégia Local de Habitação do concelho, do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação através do investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A obra, num valor superior a 25 milhões de euros, será dividida em três fases, com previsão de conclusão em um ano. O presidente da autarquia, André Martins, destacou que o objetivo principal é valorizar o património público e garantir melhorias significativas no conforto das famílias.
“Viemos aqui prestar informações sobre o processo das obras nas vossas habitações. Estamos a valorizar o património do município e a criar as condições para que as pessoas que ali vivem tenham melhores condições de bem-estar”.
Para isso, os representantes do município reuniram-se com a população do Bairro Afonso Costa para esclarecer dúvidas e apresentar detalhes do plano. Conforme explicado na nota de imprensa enviada ao O SETUBALENSE, a reunião, realizada junto à Escola Básica do Bairro Afonso Costa, contou também com a presença da vice-presidente Carla Guerreiro, da vereadora do Urbanismo Rita Carvalho e do presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Luís Matos.
As obras vão começar em breve, após a aprovação oficial da adjudicação prevista para meados de agosto. A intervenção vai renovar profundamente as casas, com especial atenção às cozinhas e casas de banho, além de substituir coberturas, janelas e as redes essenciais de água, eletricidade, gás e saneamento.
O presidente da Câmara de Setúbal explicou que o início das obras no Bairro Afonso Costa depende apenas da resolução de algumas questões administrativas, e garantiu que os proprietários dos fogos privados poderão esclarecer dúvidas diretamente com os técnicos municipais responsáveis pelo acompanhamento das intervenções.
André Martins reconheceu que será um desafio para os residentes saírem das suas casas durante tanto tempo, mas garantiu que os alojamentos temporários terão boas condições. “Sabemos que é um esforço deixarem a vossa casa durante seis meses, que é o tempo médio de intervenção em cada habitação. Vão para apartamentos modulares que têm boas condições de habitabilidade, incluindo ar condicionado, mas sair de casa é muito difícil”, afirmou.
O autarca frisou ainda que este é o maior investimento já feito em habitação social no concelho, o que lhe acresce muita responsabilidade, com mais de 160 milhões de euros aplicados na requalificação dos bairros municipais, e cerca de uma centena de casas entregues em bairros como o as Manteigadas, Alameda das Palmeiras, Bela Vista e Forte da Bela Vista. “Já foram entregues casas em todos os bairros e, portanto, já há uma grande experiência das empresas e dos nossos trabalhadores que acompanham o processo”.
Já Luís Matos, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, destacou o longo caminho que levou à preparação desta requalificação, desenvolvida em diálogo com os moradores ao longo dos últimos anos, e reconheceu que as obras vão exigir algum desconforto temporário, às famílias afetadas, mas assegurou que o resultado compensará o esforço. “As pessoas que já têm as casas requalificadas dizem que estão melhores do que novas. Parabéns a todos e preparem-se, porque isto vai dar trabalho”, afirmou incentivando a comunidade a encarar com otimismo a fase que se avizinha.