Setúbal agarra luta internacional pelo Ambiente

Setúbal agarra luta internacional pelo Ambiente

Setúbal agarra luta internacional pelo Ambiente

Fotografia: Alex Gaspar|||||||||

Duas centenas de estudantes aderiram à Greve Climática Estudantil em Setúbal, unidos contra as alterações climáticas e por mais acção na defesa do meio ambiente

 

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Grupo “apartidário, descentralizado e pacifista que pretende que os governos façam da resolução climática uma prioridade ” é como Mariana Marques apresenta o movimento Greve Climática Estudantil.

 

 

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A representante do movimento em Setúbal revela que todos os alunos das escolas do 3º ciclo de Setúbal, Palmela e Pinhal Novo foram convidados a unirem-se em manifestação frente ao edifício dos Paços do Concelho, na Praça de Bocage, em manifestação por uma sociedade responsável na actuação com o meio ambiente e a protecção da natureza”.

Uma manifestação que juntou 200 jovens em uníssono com as palavras de ordem “Queremos Justiça Climática”, “Não existe Planeta B”, “Não comemos Petróleo, não respiramos dinheiro”, “SOS pelo clima”.

Em Setúbal, as reivindicações ambientais centraram-se “no processo de dragagens para a melhoria das acessibilidades ao Porto de Setúbal, que os estudantes setubalenses pretendem que sejam feitas de modo consciente, tendo em conta a importância das pradarias marinhas que podem ser destruídas durante o processo e representam o elo de ligação dos ecossistemas do Sado, enquanto morada e base alimentar de espécies marinhas”.

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A par do Sado surge “o abraço com a Arrábida” pela abordagem à actuação da Secil que, “em pleno Parque Natural da Arrábida continua a explorar pedra, a destruir a paisagem e a floresta endógena”, acusa Mariana Marques.

Segundo a jovem estudante setubalense, “estas situações são o que motivam a grande receptividade do movimento em Setúbal”.

 

Estudantes esperavam mais do Governo

 

Após reunir recentemente com o Ministro do Ambiente, o movimento Greve Climática Estudantil “esperava uma reacção mais pró-activa da parte do nosso Governo”, assume Mariana Marques. “Contudo, não pudemos ver o todo como algo negativo. Fomos recebidos. Escutaram o que tínhamos a dizer. São pequenos passos. Um de cada vez e chegarmos lá”.

E, para Mariana Marques, o local onde querem e precisam chegar é “à mudança de comportamentos dos nossos líderes, nacionais, europeus, mundiais. Por isso, hoje, a greve estudantil protesta contra a inacção por parte dos governos face às alterações climáticas”.

Os estudantes portugueses exigem ainda “ao governo português que faça da resolução da crise climática a sua prioridade”. Contexto em que erguem a bandeira desta greve “para chamar à atenção sobre a crise climática e apelar à sua urgente resolução”.

 

“Teremos apenas 12 anos para reverter a situação actual do Ambiente”

 

O Acordo de Paris, assinado em 2015, representa a meta ambiental estabelecida para a Europa na redução de emissões de CO2 até 2050, com o objectivo de conter o aquecimento global abaixo dos 2ºC, passando preferencialmente para 1,5ºC.

Dentro desta meta, Mariana Marques defende, “consideramos este prazo demasiado alargado e por isso todos os estudantes, a nível europeu, estão a unir-se” de modo a pressionar as Nações Unidas para alterar a data limite para 2030. “Ainda assim, teremos apenas 12 anos para reverter a situação actual do Ambiente”.

Um contexto em que os jovens apelam “apenas será possível reverter a situação actual com uma mudança total na produção de energia. Eliminando a utilização de combustíveis fósseis e assumindo, totalmente, as energias renováveis”.

 

Do norte da Europa até Setúbal

 

Um movimento com expressão a nível europeu, “a Greve Climática Estudantil nasceu através da estudante sueca Greta Thunberg que, em 2018, começou a fazer greve às aulas todas as Sextas-feiras frente ao parlamento, em nome das alterações climáticas”.

Greta chegou mesmo a subir ao palco da Cimeira do Clima, em Katowice, na Polónia, onde discursou e acusou líderes mundiais de falta de maturidade para enfrentar “o peso das alterações climáticas”.

Assim nasceu o movimento #FridaysForFuture e #SchoolStrike4Climate, que foi crescendo e conta agora, para além da Suécia, com a participação activa de Bélgica, Suíça e Portugal. “Havendo ainda manifestações e greves notoriamente grandes a começar a ocorrer na Austrália”.

Foi neste contexto que o movimento Greve Climática Estudantil convocou uma greve internacional para hoje, com os estudantes portugueses a participar e Setúbal a “abraçar fortemente esta causa”.

 


 

Estudantes de Alcácer do Sal também entram na defesa do Ambiente

Cerca de uma centena de alunos do 7º, 8º e 9º anos da Escola Secundária de Alcácer do Sal manifestaram-se hoje (dia 15) na Praça Pedro Nunes, com o objectivo de chamar a atenção para a necessidade de tratar a crise climática como uma prioridade.

No decorrer do protesto, os alunos subiram ao Salão Nobre dos Paços do Concelho onde foram recebidos pelo presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença, e pelos vereadores Ana Soares e Nuno Pestana.

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