Designer da camisola dos sadinos garante estar “lisonjeada” e realça que se trata de “pelo menos uma grande coincidência”
Foi no início desta temporada que o Vitória FC lançou o seu equipamento alternativo, inspirado nos azulejos que decoram todo o Mercado do Livramento, mas na passada segunda-feira, 18 de Março, a Selecção Nacional lançou a sua nova camisola oficial, e as semelhanças entre os equipamentos são “inegáveis”.
A designer responsável pela criação da camisola do Vitória FC, sublinha que fica “lisonjeada pela semelhança e pelas várias manifestações nas redes sociais nesse sentido”, mas ainda assim reforça que esta situação estamos “pelo menos perante uma grande coincidência”.
Sobre a camisola alternativa da Selecção Nacional e as parecenças com a do emblema sadino, Carolina Contreiras garante que são “inegáveis as semelhanças”.
“Se existiu inspiração ou não, só os designers da FPF e da Nike podem responder, mas fico lisonjeada pela semelhança e pelas várias manifestações nas redes sociais nesse sentido”, salientou, acrescentando que nesta situação estamos “pelo menos perante uma grande coincidência”.
Em declarações a O SETUBALENSE, a jovem artista mostra-se orgulhosa ao considerar que o trabalho que tem desenvolvido no Vitória tem tido “muita visibilidade e destaque”, algo que deixa a designer “muito feliz”.
“Faço o que posso para que a imagem do clube esteja ao nível das melhores e também aí se possa reerguer como merece”, remata.
Camisola para “reconquistar” quem se afastou do Bonfim
Quanto à criação desta camisola, Carolina esclarece que o clube sentiu a necessidade de “reconquistar” aqueles que se afastaram do Bonfim. A designer explica que o equipamento alternativo foi inspirado nos característicos azulejos que retractam as várias actividades económicas da cidade e que decoram todo o Mercado do Livramento.
Para nascer esta camisola, antes forma desenvolvidos cinco propostas diferentes, todas dentro da ideia inicial de ligar as camisolas à cidade. “As primeiras ideias surgiram no final de Março, mas foi um processo demorado, só em Junho é que ficou fechado e só no final de Julho é que fui à fábrica da Lacatoni fazer as rectificações finais e ver o produto ao vivo”, refere.
Relativamente à resposta dos sócios e adeptos à camisola, a designer garante que embora “ou se ame ou se odeie”, basta “olhar para as bancadas do Bonfim e perceber que são muitos os adeptos a envergar a camisola”, sendo que as vendas na loja “provam que foi uma aposta ganha”.
“Acho que as pessoas se identificaram e gostaram muito da proposta. Claro que houve reacções negativas também, de adeptos mais conservadores que associam a cor azul a outros clubes, mas a resposta generalizada foi muito positiva e temos recebido muitos elogios”, remata.