“O mercado de futuros indicia que 2023 e 2024 serão igualmente anos difíceis e, por isso, o impacto chegará”, revela fonte oficial da empresa
A cimenteira Secil está preocupada com o impacto que o aumento dos preços dos combustíveis traz para a actividade. Apesar de não tomar já qualquer medida, como foi o caso da Megasa, prevê anos difíceis.
“O aumento desmesurado dos preços dos combustíveis afecta de imediato a actividade de produção e transporte, sendo aqui mais difícil a intervenção dos governos e, por isso, a preocupação é imediata, severa e impactante”, afirma fonte oficial da Secil.
No que respeita a energia eléctrica, o ano de 2022 não é ainda afectado por existência de um contrato bilateral com um fornecedor, “mas naturalmente que se segue com preocupação o mercado”, prossegue a mesma fonte, certa de que haverá impacto a curto prazo. “O mercado de futuros indicia que 2023 e 2024 serão igualmente anos difíceis e, por isso, o impacto chegará”.
A Secil considera existir forma de contornar as previsões mais pessimistas. “O Governo Português e a Comissão Europeia em geral terão de alterar a formação do preço, retirando a produção de electricidade a partir de gás da formação de preço, mas mantendo naturalmente esta capacidade de produção de electricidade a gás”.
A Megasa parou a produção nas fábricas da Maia e no Seixal no início do mês, devido ao “radical” aumento dos custos de energia e gás estão a gozar férias. No Seixal mantém-se a actividade de laminagem, utilizando o stock ainda existente.
Foi decidido “antecipar a paragem anual que costuma fazer durante o Verão, pelo que, neste momento, os colaboradores estão a gozar período de férias”, adiantou fonte oficial da empresa que tem 740 empregos directos, 3 500 indirectos e uma exportação equivalente a mil milhões de euros anuais.