Ano de 2023 terminou perto dos sete mil nascimentos em Setúbal. Distrito sadino apenas ficou atrás de Lisboa e Porto
Em Setúbal registaram-se quase sete mil nascimentos, representando um aumento superior a 500 relativamente ao ano passado. O distrito sadino foi o terceiro onde se registaram mais “testes do pezinho”, que cobrem a quase totalidade dos bebés que nascem no país, ficando apenas atrás de Lisboa e Porto. Quanto ao concelho setubalense, neste nasceram quase 20% dos bebés do distrito.
De acordo com os dados do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), no distrito de Setúbal existiram 6.904 “testes do pezinho”, uma subida de 531 comparativamente ao ano de 2022.
Olhando para os números agora apresentados pelo INSA, é possível perceber que destes nascimentos, 19% foram registados no Hospital de São Bernardo. Recentemente o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Setúbal apresentou aos profissionais da instituição a informação sobre a actividade assistencial desenvolvida ao longo de 2023, onde explicou que, apesar dos constrangimentos registados ao longo do ano nos serviços de urgência, a unidade de urgência ginecológica registou a realização de 1.300 partos, uma subida de 2,1% comparativamente a 2022, ano em que se fizeram 1.273 partos.
Novembro foi o mês que registou o maior número de “testes do pezinho” no ano passado (7.779), seguido de Agosto (7.661), Janeiro (7.649), Outubro (7.623), Maio (7.506), Março (7.196), Setembro (7.170), Junho (7.053), Julho (7.034), Dezembro (6.686), Fevereiro (6.220) e Abril (6.178).
De acordo com os dados dos relatórios do PNRN, consultados pela Lusa no ‘site’ do INSA, o número de bebés estudados, entre 1984 e 2008, ultrapassou sempre os 100 mil, sendo o maior registo no ano de 2000 (118.577).
Já a nível nacional, Portugal registou 85.764 nascimentos em 2023, mais 2.328 do que no ano anterior, segundo dados dos “testes do pezinho”.
Pelo segundo ano consecutivo, Portugal ultrapassou a barreira dos 80.000 nascimentos, após a quebra histórica da natalidade em 2021, ano em que Portugal registou o menor número de nascimentos (79.217).
Lisboa foi o distrito com mais “testes do pezinho” realizados em 2023, totalizando 25.805, mais 963 comparativamente a 2022, seguido do Porto, com 15.456 (mais 201), Setúbal, com 6.904 (mais 531) e Braga, com 6.275 exames realizados, menos 132.
O menor número de “testes do pezinho” realizado foi observado no distrito de Portalegre, com 554, menos 30 do que em 2022, Bragança, com 594, mais 20, e na Guarda, com 646 exames, mais 34, segundo o programa coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.
O “teste do pezinho” é efectuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite actualmente detectar 27 doenças quase sempre genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, cujas crianças podem beneficiar de tratamento precoce. Com LUSA