Esta quarta-feira uma Conferência Internacional sobre as Alterações Climáticas traz a Setúbal o Ministro do Ambiente e várias individualidades. Para os ambientalistas do Sado Participado é uma oportunidade para protestar contra as dragagens
O grupo ambientalista Sado Participado marcou uma acção de protesto para esta quarta-feira junto ao Fórum Luísa Todi, onde se realiza a Conferência Internacional do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climatéricas da área Metropolitana de Lisboa.
Este protesto pretende expor que debates que versão a “adaptação” são “consequência da anterior inacção da classe política que, não tendo ouvido os sucessivos avisos da comunidade
científica, se ocupa agora a pensar como reduzir os impactos dessa mesma crise que ajudou a criar”.
Um dos casos, considera o Sado Participado, é o “projecto de melhoria das acessibilidades marítimas ao porto de Setúbal” para o qual “exige” acção governamental para que seja “cancelado imediatamente”, isto para que se cumpram “as metas que limitam o aumento de
temperatura a 1,5º C, considerando os níveis pré-industriais”, refere a organização em nota de imprensa.
Dizem ainda os ambientalistas que as “mega dragagens que desejam fazer no Rio Sado, à semelhança de outros projectos em nome do crescimento económico (prospecção de combustíveis fósseis, novo aeroporto e expansão dos actuais, mineração de lítio e outros minerais), são a expressão de uma classe política incapaz de pensar uma alternativa a um modelo económico auto-destruidor do século passado”. Modelo este que “nos trouxe à actual crise climática e à extinção em massa da vida de que a nossa espécie depende”.
Colocando em cima da mesa a sustentabilidade dos ecossistemas, consideram que as “dragagens previstas no mencionado projecto” são responsáveis pelo “aumento de emissões poluentes de grandes navios e dos produtos que transportam, como o cimento ou o clínquer, responsável por 5% das emissões mundiais de CO2”.
O grupo Sado Participado define-se como reunindo um conjunto de pessoas de Setúbal e outras solidárias, dedicadas a promover o respeito pelas pessoas e os ecossistemas em torno do rio Sado.