Empresa prepara-se agora para avançar com mais um projecto da estratégia de intermodalidade rodoferroviária
A Rodo Cargo fez um primeiro comboio de teste com carga automóvel entre as plataformas da empresa, de Setúbal e Cacia. Depois de ter inovado com o transporte ferroviário de automóveis entre a Autoeuropa e o Porto de Setúbal, e depois de ter garantido a gestão da plataforma de Cacia, a Rodo Cargo prepara-se agora para avançar com mais um projecto da estratégia de intermodalidade rodoferroviária.
Foi na semana passada que se realizou um primeiro comboio de teste entre as plataformas da empresa de Setúbal e Cacia. A composição em causa saiu do parque do TLA em Setúbal no dia 20, descarregou no parque de Cacia da Rodo Cargo no dia 21, sendo carregada no mesmo dia para regressar a Setúbal no dia 22, quando foi descarregada.
Em declarações ao site Transportes & Negócios, Manuel Novais, administrador da Rodo Cargo, explicou que esta experiência serviu para “validar timings e procedimentos operacionais”. De acordo com o responsável, o teste agora realizado está a ser pensado em ser avançado de forma definita e regular no quarto trimestre de 2025.
Manuel Novais esclareceu que o negócio é integralmente controlado pela Rodo Cargo, sendo a operação “na parte ferroviária subcontratada à Pecovasa, nomeadamente com cedência dos vagões, sendo a tracção garantida pela Medway”.
O administrador sublinhou que cada comboio pode transportar 200 viaturas. “Entre Setúbal e Cacia transportámos viaturas de clientes nossos para distribuição na zona Norte, grosso modo de Aveiro para cima, isto é, Grande Porto e Nordeste transmontano, com a entrega final nas concessões a ser feita pelos nossos porta-automóveis”, detalhou Manuel Novais. Já no sentido inverso, de acordo com o responsável, “o comboio transportou viaturas de clientes do parque de Cacia com destino a concessões na zona Sul”.
Acrescentou também que nos planos estão “soluções de importações e exportações por via ferroviária, a partir de ambos os parques, com grande foco inicial nos fluxos ibéricos, mas não descurando, no médio prazo, ultrapassar os Pirenéus”, tendo destacado ainda que estas são “soluções multimodais pioneiras, que acrescentam capacidade e eficiência operacional, ao mesmo tempo que reduzem as emissões de CO2”, tudo “sem qualquer tipo de apoio que não seja o seu próprio investimento”, sublinhou Manuel Novais.