29 Junho 2024, Sábado

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Relatório conclui que proprietário tem realizado intervenções ilegais na Comenda

Relatório conclui que proprietário tem realizado intervenções ilegais na Comenda

Relatório conclui que proprietário tem realizado intervenções ilegais na Comenda

ICNF acusado de ter “actuação permissiva e pouco actuante”. Comportamento da Infraestruturas de Portugal é “inaceitável”

 

O relatório da Comissão Eventual de Acompanhamento das Intervenções realizadas na Herdade da Comenda foi aprovado, por maioria, na reunião da Assembleia Municipal de Setúbal de sexta-feira, com 19 votos a favor e 17 abstenções.

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Dos pontos conclusivos, lidos pelo deputado do PS e coordenador da comissão, Ilídio Ferreira, apresenta-se como “inquestionável”, pelas entidades envolvidas, “que o proprietário da Comenda tem vindo, desde início de 2020, a realizar um conjunto de intervenções ilegais que violam o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA)”.

No documento existem críticas direccionadas ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que tem tido “uma actuação permissiva e pouco actuante”. Também o comportamento da Infraestruturas de Portugal é considerado “inaceitável”, alegando-se ainda uma “completa desconsideração pelos autarcas de Setúbal”.

Ao contrário da Direcção-Geral de Património Cultural, que tem “mantido um distanciamento”, todas as entidades foram “colaborativas”.

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Câmara de Setúbal acusada de “passividade”

O município de Setúbal foi acusado, no relatório, de mostrar “passividade durante muito tempo”. O documento assume uma “mudança positiva no empenho da Câmara de Setúbal no último trimestre de 2022”.

Ana Rita Drouilleit, deputada da CDU, lamenta “insuficiências do documento final” e admite existir “espaço para uma extrapolação sob o domínio de acção da autarquia”.

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Já Vítor Rosa, do Bloco de Esquerda, menciona um “jogo de passa culpas, em que os únicos que ficaram a perder foram os cidadãos do concelho e não só”. Enquanto isso, Mariana Crespo, do PAN, ressalva que “permitir atentados ambientais é também desrespeitar as pessoas”.

Do PSD, Rui Lamim analisa a informação do relatório como “factual”, sublinhando a “incompreensão de como é que, durante este tempo, a propriedade pública do Parque de Merendas da Comenda não foi claramente estabelecida” pela autarquia.

O deputado do Chega, Luís Maurício, afirma que a edilidade devia ter “agido mais cedo, de modo mais eficaz”, enquanto Flávio Lança, da Iniciativa Liberal, fala da “inércia das entidades envolvidas, onde se inclui a Câmara de Setúbal”.

No período de intervenção do público, Fernanda Rodrigues, da Associação Cidadãos P’la Arrábida e Estuário do Sado, saudou a autarquia sadina pela devolução da Comenda à população após serem retiradas as vedações.

Já André Martins, presidente da Câmara de Setúbal, anunciou, em resposta às dúvidas da munícipe, que existem processos a decorrer. Além disso revelou que a autarquia pretende a “transferência de maiores responsabilidades da gestão pública do espaço” para que se reúnam “esforços para regularizar o seu uso e usufruto”, estando já a reunir-se com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A comissão foi ainda informada pelo Departamento Central de Contencioso do Estado e Interesses Colectivos e Difusos que este “avocou a intervenção do Ministério Público nas acções do foro administrativo”, lê-se nas conclusões do documento.

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